segunda-feira, 28 de setembro de 2009

domingo, 27 de setembro de 2009

VITÓRIA de um Partido com HISTÓRIA!




Dia de Eleições


Após semanas de grande expectativa e alguma indefinição, decide-se hoje, quem irá formar o próximo Governo de Portugal, se Manuela Ferreira Leite, se José Sócrates.
Esta campanha eleitoral ficou indelevelmente marcada pelo chamado caso das escutas a Belém, que envolveu- de forma aparente- o assessor da Presidência da República para a área da comunicação. Caso tanto mais grave que, ao contrário das declarações de vontade do PR em dar todo e qualquer protagonismo, nesta fase, aos partidos políticos, a sua decisão de demitir Fernando Lima das suas funções, acabou por se repercutir, de alguma forma nas intenções de voto dos portugueses manifestadas através de sondagens.
De todo o modo, uma vez mais, os protagonistas concorrentes a estas eleições perderam uma óptima oportunidade de afirmarem, de forma clara, quais os seus objectivos e as suas propostas para o país. Ao invés, desperdiçaram o seu tempo de antena com acusações vãs e inconsequentes, degladiando as suas máquinas partidárias de comunicação, num constante ir e vir de notícias e contra-informação, que tiveram por consequência agudizar o descrédito dos eleitores pela classe política.

Analisando, por sua vez, a campanha dos dois maiores partidos, podemos fazer leituras diversas:
O Secretário-Geral do PS, após um início de campanha bamboleante, ainda na ressaca das eleições europeias, não soçobrou, e manteve, ao longo destes últimos dias de campanha uma atitude extremamente positiva, acentuando alguma obra do seu governo e, colocando enfãse em palavras como modernidade, desenvolvimento e futuro, em oposição à visão "cinzenta", de Manuel Ferreira Leite.
Por outro lado, contou com uma máquina de propaganda extremamente bem oleada, com todas as acções de campanha preparadas com toda a minúcia e pormenor, de forma a que nada falhasse para a opinião pública. Outra estratégia do PS que me pareceu decisiva foi o facto de José Sócrates ter deixado ao critério de outras figuras do PS, a crítica e o ataque sem quartel que foi feito a MFL, acentuando por um lado as fragilidades da candidatura social-democrata sem pôr em causa o seu Secretário-Geral.
José Sócrates recuperou créditos e reforçou confiança. A sua imagem encontrava-se extremamente desgastada por quatro anos bastante atribulados, onde as políticas do Governo, em muitos sectores não foi bem recebida, bem como a sua inoperatividade e falta de eficácia na modernização do país e no seu crescimento. Todos pensemos que o Primeiro-Ministro estava arrumado, mas o que é certo, é que politicamente mostrou toda a sua inteligência e sagacidade na cena política. Geriu bem os debates, conduziu bem a campanha e conseguiu, de certa forma, mobilizar o voto no PS, desacreditando o Bloco de Esquerda- bom debate com Francisco Louçã-, e aparentando uma imagem mais desempoeirada e moderna que MFL. Reuniu apoios e saiu reforçado.


Manuela Ferreira Leite restituiu credibilidade e confiança ao partido social democrata. Não se deixou condicionar pela massa de críticos- a nível interno e externo-, e chamou a si a responsabilidade de organizar o partido, sendo da sua responsabilidade a opção de nomear para líder da bancada parlamentar do PSD, Paulo Rangel, e, em seguida, avançar com este para candidato ao Parlamento Europeu, ambas as decisões com resultados extremamente positivos.
MFL resistiu aos seus opositores e implementou um estilo muito próprio de fazer política, mais comedido, mais reservado e austero e com uma visão muito própria do que defende para Portugal.
A sua campanha assentou na recusa liminar de levar a cabo as grandes obras públicas, de diminuir, de forma considerável o peso do Estado na economia, agilizando e dando eficácia aos seus serviços, reduzindo necessariamente a despesa pública que é, neste momento incomportável. Manifestou a intenção de reforçar o apoio às pequenas e médias empresas como a única forma possível e plausível de atacar o desemprego e a precariedade. Fez declarações de intenção, de exigir uma maior intervenção do sector privado na prestação de serviços públicos, nomeadamente no sector da saúde. Tudo isto disse, sem nada prometer que não pudesse cumprir, elaborando um programa de Governo simples, sem grandes trunfos, mas sério e credível.
Surgiu assim alguém que reunia a preferência e confiança dos portugueses, assente numa política de verdade e de seriedade. Apostou invariavelmente em apontar os tiques autoritários e de soberba deste Governo e do seu Primeiro-Ministro. Tentou recordar a todos os inúmeros episódios que nesta legislatura ocorreram por responsabilidade do Governo e que revelaram falta de liberdade de imprensa, condicionamento e pressão sobre a comunicação social. No entanto, a sua campanha acaba por não resultar bem, pois a cúpula social-democrata não se apercebeu, ou não quis perceber, que os portugueses começaram a ficar fartos do discurso cinzento, das palavras de austeridade, do constante ataque à " asfixia democrática", argumento que de tão utilizado acabou por ter efeitos perversos contrários contra o próprio PSD.
Outros erros de tacticismo político contribuíram para o descrédito da "política de verdade", tal como a tão badalada viagem à Madeira, bem como a opção por candidatos arguidos ou com acusação formada para a lista de candidatos à Assembleia da República, na minha opinião, episódios lamentáveis, desnecessários e muito bem aproveitados pelos opositores.
Assim um sem número de erros e más opções por parte da direcção do PSD em campanha, parecem, ao que tudo indica ter desbaratado o capital de confiança que os portugueses tinham depositado no PSD.


Manuela Ferreira Leite não se apercebeu que a melhor abordagem a esta campanha estava à vista de todos, e residia na incompetência e falhanço global do governo socialista ao longo desta legislatura. Foi olvidado, o facto de José Sócrates ter falhado em toda a linha à sua palavra e às sua promessas eleitorais. O PSD não tinha necessariamente que apresentar grandes trunfos eleitorais, apenas denunciar os erros e a ineficácia de quem estava no poder, não tinha concretizado uma única das tão propaladas reformas com eficácia e, que deixou, de forma irresístivel o país mais debilitado, mais frágil, e os portugueses a viver com cada vez maiores dificuldades. O PSD deveria ter seguido o conselho de António Guterres, que antes de ser eleito Primeiro-Ministro disse que a melhor forma de chegar ao poder, era estar quieto, não cometer erros, e deixar que o Governo caísse por si só, por desgaste dos outros e não por mérito próprio.
No entanto, os dados já foram lançados, decorre este momento a votação e aguardam-se com grande expectativa os resultados eleitorais logo à noite, não só para ver quem ganhará as eleições, mas também para ver, se, de facto, o Bloco de Esquerda conseguiu iludir os portugueses e, se o bom desempenho de Paulo Portas na campanha eleitoral se vai reflectir na votação do CDS/PP.


Para terminar esta análise parece-me relevante acentuar que, o próximo Governo Constitucional não conseguirá obter maioria absoluta, portanto aguardam-se acordos pós-eleitorais ou talvez uma grande instabilidade política, onde o Presidente da República terá uma maior relevância.
Acentuar também que, sabemos de antemão o que acontecerá se o PS ganhar eleições e Sócrates for convidado, uma vez mais, a formar Governo; teremos o mesmo Primeiro-Ministro, mas mais desgastado, mais fraco, com menos espaço de manobra, sem ideias, sem rasgo, sem iniciativa e derrotado numa batalha perdida à partida no esforço de desenvolver Portugal. Nada de bom se perspectiva, portanto.
Aguardemos, os portugueses tem a decisão nas suas mãos e concretizam-na no momento em que estas palavras são escritas. Aguardemos o desfecho.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Um Grande Comício em Viseu...a caminho da vitória!

José Junqueiro - Cabeça de Lista pelo Distrito de Viseu



Miguel Ginestal - Candidato à Presidência da Câmara Municipal de Viseu



José Sócrates - Primeiro-Ministro

O episódio das escutas à Presidência da República, envolto em grande polémica e de contornos pouco claros, teve, para já, um efeito imediato; Deitou por terra a aposta de Manuela Ferreira Leite em colar ao governo PS uma postura repressiva, de asfixia democrática da sociedade civil, bem como, permite à campanha socialista libertar-se desse espartilho que, até então, tinha dado lugar a tantos dissabores. Faltam 3 dias para as eleições legislativas e, apesar de a corrida eleitoral estar em aberto, este caso, condicionará e influenciará com certeza o acto eleitoral, veremos de que forma.
Aproveito para colocar aqui o texto de António Costa, Director do jornal Diário Económico, cuja opinião me parece retratar, de alguma forma, o pulsar do ambiente eleitoral por estes dias.
A campanha para as legislativas já entrou na recta final, e entrou da forma mais surpreendente, com a participação de quem prometera ficar fora dela, isto é, do Presidente da República.
As explicações continuarão a ser exigidas a Cavaco Silva, que dificilmente as dará até ao dia 27. Ora, salvaguardada a hipótese de o Presidente ter uma ‘arma secreta' para jogar, suficientemente forte para ‘virar' o rumo da campanha contra o PS e a favor do PSD, é possível anticipar os próximos dias.
José Sócrates, a quem tudo tinha corrido mal nos últimos meses, particularmente desde que perdeu as europeias, quase voltou a estar em ‘estado de graça', por mérito próprio, mas sobretudo por demérito alheio. Tendo em conta o estado da economia, o desgaste político de guerras com corporações como a dos professores e os casos pessoais que foram afectando a sua imagem, Sócrates mostra uma resistência e um fôlego impensáveis, especialmente para quem ditou tantas vezes no último ano a sua morte política.
José Sócrates vai dramatizar o discurso do voto útil, vai fugir do Bloco de Esquerda como quem foge da cruz, vai ‘esquecer' o Presidente da República até sábado, e vai apontar para a necessidade de uma estabilidade governativa que permita fazer o país sair da crise. Hoje, a quatro dias das eleições, está claramente à frente nas intenções de voto, e mais próximo de reeditar uma vitória nas legislativas do que nunca. Cavaco também ajudou à festa.
Manuela Ferreira Leite, a quem tudo tinha corrido bem nos últimos meses, particularmente desde que ganhou as europeias, está neste momento com uma estratégia do género ‘todos ao molho e fé em Deus'. A líder do PSD passou com mérito o processo dos debates a dois, foi capaz de explicar algumas das suas propostas, foi sobretudo capaz de explicar o que não quer fazer se ganhar. Mas, também como se esperava, a campanha eleitoral na rua não é o seu ambiente, e os casos que se foram conhecendo ao longo da primeira semana, nomeadamente a alegada compra de votos para as eleições internas do partido envolvendo António Preto, uma escolha sua para a lista de deputados, afectou muito o seu desempenho.
Manuela Ferreira Leite fez da verdade o eixo central da sua estratégia política para derrotar Sócrates, por isso, o caso das escutas em Belém e a forma como o Presidente demitiu um assessor não poderia ter sido em pior altura.
Nos próximos dias, Manuela Ferreira Leite só tem uma saída: dramatizar o discurso da verdade e manter-se fiel à sua estratégia, afastar-se de Cavaco Silva o mais possível, assustar os eleitores com o ‘papão' do Bloco de Esquerda e jogar os peso-pesados do partido, como já se viu com as intervenções de Marques Mendes e até de Francisco Balsemão. Ferreira Leite vai jogar mais com o coração do que com a cabeça, sabendo que está quase no período de desconto, e isso é, regra geral, uma má estratégia.
Hoje, a quatro dias das eleições, Manuela Ferreira Leite está claramente atrás nas intenções de voto, tem um caminho cada vez mais estreito, mas ainda não perdeu. E a presidente do PSD já demonstrou uma tenacidade e uma capacidade de resistência surpreendentes, por isso, está ainda a tempo de baralhar as contas.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Tinha que colocar aqui este post...












Um amigo atento enviou-me o texto acima reproduzido. Ele mostra qual é o código genético da campanha de Manuela Ferreira Leite. Evidencia como estão longe de ser meras "gaffes" superficiais algumas afirmações suas dos últimos meses, que regularmente se vieram acumulando, sob a estranha bonomia da comunicação social dominante e o silêncio embaraçado de muitos membros do PSD, aos quais a contaminação pelos automatismos salazarentos suscita uma real incomodidade.

Reduzir a luta política a um combate entre a "verdade" de que se tem o monopólio e a "mentira" que se procura incrustar na identidade dos adversários, como raiz de todas as suas posições, é o caldo ideológico que se encontra na atmosfera malsã que rodeia a pulsão autoritária que dá energia a todos os ditadores. Não chega para caracterizá-los, mas nenhum deles se pode dar ao luxo de a dispensar.

E a esta luz , podemos perceber que os célebres seis meses de pausa na democracia que MFL almejava para governar em paz, não foi atabalhoamento de senhora inexperiente, foi antes um apelo irreprimível de uma pulsão de "verdade" que se autolegitimou espontaneamente, para enclausurar todas as "mentiras" durante um moderado semestre.

Compreendo que se possa encarar como exagerada esta imersão de uma frágil avó no universo de ferro do defunto salazarismo. Seria, se a estivéssemos a imaginar, participando com toda a energia numa marcha da Mocidade Portuguesa Feminina, cantando o hino da restauração. Mas não estamos. Nem acreditamos que MFL pela calada da noite reze uma ave-maria, mesmo que piedosa, pela alma do ditador de Santa Comba, ou que tenha alguma saudade pungente do salazarismo.
Mas seguramente que se trata de um sinal objectivo de que, sob o verniz superficial dos lugares comuns da política quotidiana, passada que seja a camada, mesmo que apreciável, dos seus conhecimentos de economia, a MFL pouco mais resta do que um vazio cultural desolador. E quando a realidade lhe exige, pelo que tem de complexa, algo mais denso do que os lugares comuns da política e algo de menos linear do que os seus conhecimentos especializados da área económica, MFL não dispõe de recursos culturais enraizados na sua mundividência, correspondentes ao que as camadas mais superficiais do seu pensamento precisariam, para serem coerentemente prolongadas. E é assim, naturalmente, que automaticamente terá que recorrer à arca esquecida da sua identidade ideológica mais funda, às pulsões que moldaram a sua juventude. Uma juventude durante a qual, que se saiba, não sentiu o imperativo de tornar ostensiva qualquer resistência à real asfixia fascista em que viveu até 1974.

Ou seja, MFL, ao mostrar que, espontaneamente, está ainda influenciada pela ideologia conservadora que foi suporte do consulado do "financista" de Santa Comba, não revela apenas o código genético mais fundo do seu pensamento. Mostra também como o seu economicismo compulsivo não é, como nos querem fazer crer, um reflexo irreprimível da sua excelência como cultora da ciência económica, mas sim a modesta consequência do facto de, fora dessa área, MFL estar apenas atafulhada de lugares comuns político-culturais, por debaixo dos quais repousa o senso comum conservador da sua "desasfixiada" juventude, passada na "tranquila" bonomia dos "bons velhos tempos."

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Durão Barroso reconduzido como Presidente da Comissão Europeia

Durão Barroso foi hoje reeleito pelo Parlamento Europeu (PE) para um segundo mandato de presidente da Comissão Europeia, com uma maioria absoluta de 382 votos a favor, 219 contra e 117 abstenções.
Apesar de a votação ter sido inferior relativamente há última eleição, Durão Barroso garantiu 53% dos votos, que lhe permitem conduzir os destinos da Europa por mais um mandato, tentando conciliar as diferentes sensibilidades dos seus 27 membros.
Destaque para o discurso do Presidente da Comissão Europeia que ao usar da palavra fez questão de falar em português e de agradecer, de forma particular, ao governo de Portugal, bem como ao Presidente da República, pelo apoio demonstrado.
Referir que as expectativas são elevadas para este novo mandato, sendo que a experiência do cargo já acumulada, bem como a liberdade de acção e independência serão bem superiores, visto não haver possibilidade de novo mandato e, logo, de qualquer condicionalismo. Aguarda-se agora que cada Estado-Membro indique o seu comissário para posteriormente ser sufragada a nova Comissão Europeia.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Não passa deste ano

Já algum tempo que não surge neste blogue um post sobre futebol, e parece-me o momento adequado, após as brilhantes exibições que o Benfica está a fazer e a expectativa que tem vindo a criar nos seus adeptos. Finalmente parece que a política de contratações, grosso modo foi acertada, e foram contratados jogadores para posições estratégicas necessárias, que são de grande qualidade, casos do médio brasileiro Ramires, do trinco Javi Garcia e da explosão do Fábio Coentrão, que tem sido o rei das assistências.

Mas apesar do grande investimento que foi realizado, uma vez mais, esta época, custeado com crédito à banca, e o ingresso de jogadores de qualidade indiscutível, há mais um factor esta época que, até ao momento está a ser decisivo, que foi a troca de treinador e o ingresso de Jorge Jesus.
Se nos lembrarmos da época anterior verificamos que tinhamos, de forma clara, o segundo melhor plantel do campeonato, logo atrás do FCP, no entanto os resultados obtidos a época passada evidencial outra ideia. O benfica possuia na altura bons jogadores, mas deixava muito a desejar em relação à motivação dos atletas, que deve ser uma das tarefas do treinador, bem como, a disposição táctica que apresentava em campo não era a mais adequada ao plantel que possuía. Por último, o bem falante Quique Flores, prestava-se ao incompreensível de deixar certos jogadores indispensáveis do onze titular, no banco de suplentes, que se reflectiu na deficiente produção ofensiva.

Abordando a parte económica-financeira do clube, continuo a defender que o investimento bem feito e ponderado, no caso, em bons atletas com larga margem de progressão se justifica per si, sem olvidar, por sua vez, as camadas de formação, aposta esta ganha pelo SCP. Mas apesar de concordar com esta política desportiva, começo a duvidar que Luís Filipe Vieira seja de facto a pessoa indicada para continuar a liderar o projecto Benfica, porque embora na vertente das infra-estruturas, económica e de credibilidade da própria instituição, o clube tenhaavançado e consolidado consideravelmente, depois de um período bastante conturbado, é certo, que o mandato de LFV se pautou pela escassa conquista de um campeonato, uma taça de portugal e uma supertaça, que como sabemos é insuficiente para alimentar e honrar a história e os adeptos de um clube tão titulado.
Este ano afigura-se, portanto, decisivo para clarificar se LFV pussuí ainda capacidade para continuar a liderar os destinos do benfica, visto que em caso de fracasso, a sua posição ficará bastante fragilizada
Apesar de tudo um benfiquista tem que aproveitar bem os seus momentos de alegria- não vá a maré mudar brevemente- e a verdade é que estamos a praticar um optimo futebol, com uma frente de ataque temível que ao fim de 4 jornadas já contabiliza 14 golos marcados e apenas dois sofridos, e os jogadores, por sua vez, demonstram empenho e dedicação durante todo o jogo, quiçá, encarnando de vez a mística que lhes é exigida.

Vídeo do Movimento "O Futuro é Jovem"

Nos últimos tempos, como membro da Comissão Política Concelhia de Viseu e Secretariado da Juventude Socialista, tenho sido o elo de ligação entre a candidatura do PS à Câmara Municipal de Viseu e o Movimento de jovens independentes "O Futuro é Jovem".
Tem sido um trabalho do qual todos nos orgulhamos, e que tem resultado em várias iniciativas. Deixo aqui uma das mais recentes: a gravação de um vídeo com alguns jovens viseenses que decidiram fazer parte deste Movimento de apoio à candidatura do Dr. Miguel Ginestal.


segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Debate Decisivo?!

Era aguardado com grande expectativa o debate televisivo entre Manuela Ferreira Leite e José Sócrates, alimentado nos últimos dias por todo o tipo de especulações e previsões por parte da comunicação social. Compreensível. De resto, atravessamos um período bastante conturbado da democracia portuguesa e, estas eleições revelam-se de grande importância para definir o rumo a seguir pelo país. No entanto, e segundo a análise de toda a sorte de comentadores, parece evidente que não houve uma vantagem explícita para nenhum dos lados, aliás, os dois candidatos foram iguais a si próprios.

José Sócrates, preparou muitíssimo bem este debate, estudando de forma aprofundada o programa do PSD, bem como, o passado político de Ferreira Leite, à semelhança do que havia feito com Francisco Louçã e com bons resultados então. De facto, consciente de que em causa estava, acima de tudo, o julgamento da sua legislatura, e com matéria bastante para ser usada para o atacar, o primeiro-ministro ao longo de todo o debate, esteve sempre ao ataque, tentando descridibilizar MFL, ao mesmo tempo que impedia que a sua "obra" fosse posta em causa.
Por seu lado, a líder do PSD, apostou na fórmula que lhe tem dado bons resultados, mantendo a aposta num programa pouco preciso em certas áreas, com o argumento forte de que o estado se encontra extremamente endividado e que, não pode prometer o que não pode cumprir.
Foi clara a intenção dos dois protagonistas de potenciarem as suas qualidades e méritos, para a seguir passar uma mensagem negativa do adversário. José Sócrates nas suas intervenções utiliza de forma recorrente as palavras modernidade e desenvolvimento para demonstrar a sua ambição e o projecto que tem para o país, e tenta colar uma imagem de conservadorismo e de uma política ultrapassada a MFL. Já Ferreira Leite aposta na sua imagem de seriedade política, de rigor e de verdade, sem falsas promessas para passar a mensagem de que é a pessoa mais indicada para ocupara a cadeira de S. Bento.
Não é claro, neste momento, e a duas semanas das eleições legislativas, qual a fórmula certa para vencer este sufrágio. De tal forma, que os principais candidatos possuem posturas e propõem políticas diametralmente opostas, assim como a sua campanha eleitoral é conduzida de forma diferente. O PS aposta nos comícios com grandes aglomerações de pessoas levadas por autocarros, o PSD, com um orçamento mais magro, deixa o marketing político um pouco de lado, e aposta na sobriedade da sua líder, que tem revelado ser uma boa opção.

Apesar de ter a minha opinião formada há bastante tempo e de o meu voto já estar entregue, entendo que uma larga fatia do eleitorado ainda não tenha decidido em quem votar, isto apesar dos tempos difíceis que vivemos em que é fundamental uma maior intervenção cívica por parte dos cidadãos. Percebe-se esta indecisão e este descrédito por razões óbvias e que se consubstanciam no facto de, nos dias que correm, os portugueses passarem cada vez por maiores dificuldades, o desemprego galopante, a dificuldade de acesso ao crédito, e que tem por consequência uma opinião muito desfavorável dos cidadãos em relação à classe política. Logo, não parece tão descabido quanto poderia parecer que, algumas pessoas, até de outras famílias políticas possam desta vez votar numa senhora, que já por duas vezes integrou governos de Portugal, tomou decisões em áreas como a educação e as finanças extremamente delicadas e bastante contestadas por vezes, que se apresenta a estas eleições com um projecto extremamente simples e, quiçá, alguns dirão, pobre, sem grandes bandeiras eleitorais e sem projectos megalómanos, e com um discurso algo limitado e com direito a algumas gaffes com direito a serem exploradas pela oposição.

Pergunto, por meu lado: o que terá esta senhora de tão especial e tão mobilizador para estar em empate técnico nas sondagens ( provavelmente está à frente nas intenções de voto), quando parece ser uma pessoa, como diz o Secretário-Geral do Partido Socialista, tão retrógrada, tão conservadora, e quando o seu oponente diz que tem obra feita, é brilhante ao nível do marketing político e foi considerado dos governantes mais bem-vestidos do mundo( salvo outras epítetos).

Eu avanço uma explicação; os portugueses estão fartos de falsas promessas, de grandes projectos de desenvolvimento e de crescimento económico que após as eleições nunca se concretizam; estão fartos de após quatro anos da maior legislatura do Portugal Democrático em maioria absoluta, a qualidade de vida seja bem inferior e a tão propalada obra seja parca, insuficiente e mesmo ridícula para as condições que houveram para reformar o país. As pessoas estão cansadas de tanta promessa e afastam-se irremediavelmente da política, dos políticos e de todas as suas vãs promessas.

É por isso que estão a pensar dar a oportunidade de governar a uma senhora que conta acima de 60 anos,não é conhecida pelos seus dotes oratórios, nem pela sua beleza, que se demarca dos restantes por apresentar propostas algo aquém das expectativas das pessoas, que se encontra aposentada profissionalmente e de quem dizem que é conservadora e passadista, sem perspectivas e ambição de modernizar o país. E porquê? Porque sabem que esta senhora está a falar verdade!

domingo, 13 de setembro de 2009

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Intervenção

Boa noite a todos.

A maioria dos presentes já me conhece, e sabe a minha ligação à Juventude Socialista, ao Partido Socialista, e a esta candidatura.

Estou aqui convosco, mais uma vez, a representar o apoio da JS à candidatura do Dr. Miguel Ginestal, com a apresentação dos dois Mandatários da Juventude da Candidatura do PS à Câmara Municipal de Viseu.

Tenho acompanhado este caminho desde o início, ou seja, desde 2005. No entanto, este ano, vejo uma adesão ainda mais efectiva dos jovens, com responsabilidade, criatividade, organização e, nomeadamente, com consciência da importância de uma massa crítica jovem neste concelho.

De facto, tem sido um trabalho do qual a JS e o Movimento “O Futuro é Jovem” se orgulham.
Um trabalho que dá relevância aos jovens viseenses e às suas ambições e desejos.
Um trabalho de amor pelo concelho.
Um trabalho de quem quer viver num município de progresso assente em pilares como a solidariedade, economia e ambiente.
Fazemos isto, trocando o comodismo pelo prazer de apresentar ideias, e, por isso, criticando ambientes de ataraxia, como o que se vive em Viseu.

Há muitas diferenças entre esta candidatura e a de quem governa o município há 2 décadas.
Esta é uma candidatura que defende os jovens e sabe que é na juventude que reside o futuro.
Esta é uma candidatura de esperança, uma esperança de criar oportunidades para os jovens em Viseu.
Somos jovens preocupados e atentos, e por isso, tal como é referido aqui à frente: “DAMOS POR ENCERRADO O PERÍODO DE TOLERÂNCIA AO ACTUAL EXECUTIVO”. QUEREMOS UM NOVO FUTURO PARA VISEU!

Queremos:
- Uma política de povoamento e revalorização das aldeias;
- Uma política de Requalificação Urbana e de reabilitação deste nosso Centro Histórico;
- Planeamento Estratégico;
- Um plano de incentivo ao empreendedorismo;
- Um município mais desenvolvido, mais competitivo;
- Temos uma identidade local? Sim, mas é preciso valorizá-la, promovendo as dinâmicas territoriais de desenvolvimento.

Tudo isto é-nos garantido pelo Dr. Miguel Ginestal, através de uma metodologia de integração dos viseenses nas políticas municipais. Uma metodologia que diz NÃO a obras resultantes de ajustes directos.

Temos opções diferentes do actual executivo…temos outras prioridades.

- Há quem prefira gastar 6 milhões de euros com funiculares, mas que agora querem adiar a inauguração por terem receio de acidentes antes das eleições.
- Há quem prefira desertificar o Mercado 2 de Maio, através de arquitectos de renome, mas que por serem de fora, não conhecem a movimentação e dinamismo dos locais. Não seria mais eficiente e eficaz juntar os viseenses e os arquitectos da nossa terra, e em conjunto encontrar uma melhor solução para locais como o referido?
- Há quem prefira ter Parques Industriais, mas que não são mais que Parques Comerciais.
- Há quem prefira encher os cofres da Câmara com elevados Impostos Municipais.
- Há quem prefira regar os nossos jardins e relvados com água da rede pública.
- Há quem prefira deixar andar, em vez de avançar para o estudo do potencial energético dos edifícios.
- Há quem prefira desprezar as Juntas de Freguesia, não lhes dizendo no ano anterior com quanto podem contar para o ano seguinte.

São opções. A candidatura do PS tem outras prioridades.
Nas actividades económicas, nas políticas sociais, na mobilidade e segurança, na juventude, desporto e lazer, no ambiente com políticas energéticas municipais, no planeamento e urbanismo, nas freguesias com coesão social e descentralização, na educação, qualificação e emprego, na cultura e património, na administração municipal.

É por tudo isto, que a JS e o Movimento “O Futuro é Jovem” têm trabalhado. E é também por isto, que irá ser redigido um manifesto autárquico por estas duas organizações, no sentido de mostrar que é urgente criar um novo paradigma de gestão autárquica, numa abordagem na óptica dos jovens.

Está em causa a nossa cidade, as nossas aldeias. Chegou a hora de acabar com o período de tolerância!

Convido todos a fazerem parte deste combate, porque afinal é o combate pelo futuro das nossas vidas.

Eu acredito que o Futuro chega a 11 de Outubro!

Viva a JS!
Viva Viseu!

JOSÉ PEDRO GOMES
Juventude Socialista - Concelhia de Viseu

Apresentação dos Mandatários da Juventude

O Bar Estado d'Alma, na Praça D. Duarte, foi o local escolhido para a apresentação dos Mandatários da Juventude da candidatura do Partido Socialista à Câmara Municipal de Viseu.
Houve 5 oradores:
- José Pedro Gomes (eu);
- Guilherme Santos (porta-voz do Movimento "O Futuro é Jovem");
- Sara Calhau (Mandatária);
- Manuel Mirandez (Mandatário);
- Dr. Miguel Ginestal (Cabeça de Lista do PS à C.M.Viseu).

Com a presença de tanta gente jovem (a maior parte nunca tinha comparecido a uma iniciativa desta candidatura), confirmámos mais uma vez que tem valido a pena todo o trabalho que tem sido desenvolvido por nós jovens, que temos plena noção que é vital a existência de uma massa crítica do nosso grupo etário, no concelho de Viseu.

Deixo, no próximo post, a minha intervenção.

Algumas fotos já disponíveis:







quarta-feira, 2 de setembro de 2009

A política de Sócrates

O Primeiro-Ministro José Socrates, a um mês das eleições legislativas, opta por uma campanha dirigida aos eleitores assente na necessidade do voto útil, recair, necessariamente, ou no PSD, ou no PS e referindo que a política que propõe para os próximos quatro anos diverge bastante das ideias defendidas pela actual direcção do PSD, classificando Manuela Ferreira Leite de conservadora e retrógrada. Esta abordagem ficou patente no programa "Grande Entrevista", no qual, foi notória o objectivo de dar uma imagem positiva de um governo que procura a modernidade e o progresso do país, e demonstrar que a oposição do PSD possui ideias do passado, sem visão e sem rasgo.

De facto, se tivermos por referência os últimos quatro anos de governação socialista, compreendemos que José Sócrates, necessita de atacar de forma directa MFL, e tentar passar a mensagem que, ele, é a única alternativa para levar Portugal ao caminho do sucesso. O seu grande problema prende-se com o incómodo de após a sua governação, termos um país mais endividado, com mais de 500 000 desempregados, e em que todas as reformas ficaram na gaveta. Os dados são estes, os portugueses vivem maiores dificuldades e Portugal continua a divergir da Média dos países da União Europeia. E quanto ao argumento da crise, este é completamente falacioso, porque não foi por causa da crise que o Governo perdeu a maioria absoluta, não foi pela crise que houve impossibilidade de fazer uma reforma abrangente nas áreas da justiça, saúde, administração pública, educação. Não foi devido à crise, que se viveram 4 anos de políticas reactivas e inconsequentes, de um governo que sempre pareceu mais preocupado com a sua imagem e popularidade, do que propriamente, com fazer, reformar e concretizar.

Percebe-se pois a ânsia de José Socrates de dirigir a sua campanha no sentido do ataque às qualidades/ ideias de MFL, percebe-se a sua vontade de colar ao PSD uma imagem de conservadorismo e falta de ideias. Entende-se a sua intenção de propor um programa de governo ambicioso e irrealista, de grandes preocupações sociais. Tudo isto se entende e tudo isto se percebe. No entanto, nada disto se pode perdoar. Não se pode perdoar a este governo a falta de sentido de estado, de empenhamento, de rigor, de isenção que nos presenteou nesta legislatura. Custa perdoar, quando assistimos que a comunicação social e a imprensa são alvo de repressão, ao bom estilo Salazarista. É imperdoável que uma grande maioria dos portugueses tenha imensas dificuldades em criar os seus filhos e proporcionar-lhes um bom futuro, porque os seus governantes optaram por pouco ou nada a fazer.

José Sócrates tem bons argumentos: boa retórica, boa imagem, boa propaganda, bons conselheiros, bom dinheiro, boas empresas. Mas falta-lhe o essencial: falta-lhe obra no currículo e falta-lhe seriedade no carácter e no agir, e estas são coisas que não se conquistam num mês.