domingo, 31 de maio de 2009

Não podendo estar presente...

Como tive de viajar para Coimbra, acompanhei o Comício do PS em Viseu, através do Twitter, graças ao trabalho incansável da JS, que tem acompanhado Vital Moreira por todo o país e divulgado todos os momentos através de ferramentas como o twitter, twitpic, hi5, facebook, you tube, flickr.

Aqui ficam 3 pequenos vídeos disponibilizados pela Caravana JS (aqui podem-se ler algumas passagens dos discursos de José Junqueiro, Inês de Medeiros, José Sócrates e Vital Moreira):




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De facto, nós ("bloggers") esquecemo-nos disto...

"E se de repente lesse "o seu blog não está mais disponível"?"
(...)
  • Existe um perigo em entregar o nosso trabalho à "nuvem". É bom que comecemos a avaliar os riscos da produção de conteúdos online. Quantas vezes aquilo que começa como um despretencioso blog vai crescendo até se tornar num caso sério, e pensamos em todas as horas ali metidas, e em todo o valor gerado com a comunidade, e pensamos nos laços (e também nos links).O desaparecimento do 360º é o desaparecimento de 10,8 milhões de páginas e 3 milhões de links que subitamente deixarão de levar a algum lado. E estamos a falar e um serviço com a morte decretada há 18 meses.Se o Blogspot fizesse o mesmo, 16 milhões de blogs fechavam. 420 milhões de páginas sumiam-se dos arquivos e dos motores de busca. 70 milhões de links seriam inutilizados. Pense em quantas das suas horas de dedicação eram evaporadas. Pense nisso na próxima vez que abrir um blog ou plantar a semente da sua marca num terreno sobre o qual não tem nem jurisdição nem controlo.
Um artigo actual e bem ponderado, que chama a atenção para a realidade dos blogues, nomeadamente, o facto de serem gratuitos e de fim possível, a qualquer altura, acarretando danos assinaláveis para os autores que entregam horas e horas na actualização dos blogues.
Parabéns, Paulo Querido...meu colega da blogosfera e do twitter!

Viseu com Vital

Às 17h, Vital Moreira visitou o Rossio de Viseu, para mais um momento de campanha para as Eleições Europeias.

Com uma temperatura bastante elevada, o candidato esteve na esplanada com José Junqueiro, Miguel Ginestal, Capoulas Santos, Ana Gomes, Correia de Campos, entre outros. Tudo isto, com um grande grupo de membros da Juventude Socialista de todo o país, em seu redor.

Às 21h, no Pavilhão Inatel, vai decorrer um Comício, com a presença de José Junqueiro, Correia de Campos, Vital Moreira e José Sócrates.


sexta-feira, 29 de maio de 2009

Falta uma semana de campanha


Mais uma vez, divulgo um quadro actualizado (acrescentadas 3 sondagens ao anterior) das Sondagens realizadas até ao momento. E mais uma vez, com a ajuda do "Margens de Erro".

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Dias Loureiro e a renúncia ao Conselho de Estado

Notícia e vídeo aqui.

Algumas reacções:

PS "satisfeito" porque "democracia funcionou";
PSD: "Dias Loureiro teria ganho em tê-lo feito antes";
Rui Rio: "Acho muito bem que ele tenha tido essa atitude";
CDU: Ilda Figueiredo considera BPN "um caso de polícia";
Demissão "termina carreira política", diz politólogo António Costa Pinto;
Miguel Portas: Dias Loureiro "foi-se embora, finalmente, ainda bem";
Bloco de Esquerda: Dias Loureiro não tinha outra opção;
Manuel Alegre: "Fez o que entendeu que devia fazer;
CDS-PP insiste na demissão de Vítor Constâncio;
PCP diz que é o "desfecho lógico.

Assinar e não assinar por baixo

"Apostar em infra-estruturas e em acabar com a infoexclusão e iliteracia digital não é importante? Investir na requalificação do parque escolar e modernizar tecnologicamente as nossas escolas não é relevante?

Apostar nas qualificações e apostar nas pessoas não é prioritário? Valorizar e aumentar as competências dos cidadãos não é decisivo para o futuro do país?

A aposta num ensino superior de qualidade e em profissionais da investigação capazes de competir no mercado global não é essencial?

Apostar no tecido empresarial, em particular nas PME, não é apostar no futuro?"

São algumas questões que Nelson Lage faz num texto em www.ideiasforadelinhas.blogspot.com, demonstrando alguns aspectos das políticas postas em prática pelo actual Governo.
Subscrevo o que diz...("não assinando por baixo" o "bota-abaixismo" do PSD).

Termina assim: "Eu é que não “assino por baixo”. Nem eu nem certamente todos aqueles que acreditam na continuação duma estratégia de reforma e de progresso, no País, e nas capacidades dos portugueses. "

Texto na íntegra.

Pôs o New York Times e todos os jornalistas a seus pés...


A lição que Michelle Brito deu hoje em "Rolang Garros" foi notável.

Com apenas 16 anos venceu Jie Zheng, actual 15º do ranking WTA, em dois sets (6-4, 6-3).

Com esta vitória, passa à 3ª ronda e entra no top 100 do ranking.

Avana Rezai é a próxima a eliminar (nº57 do mundo).

Senhores jornalistas de desporto portugueses, deêm valor a esta feito histórico. Não estejam sempre a encher os jornais desportivos de notícias de futebol. Se antes tinham razão para só fazerem isso, agora deixaram de a ter. Têm uma grande oportunidade de impulsionar o futuro desta "nossa" tenista...!

O New York Times já o fez (arrependendo-se de ter gozado com os gritos da tenista nas suas pancadas), depois de uma conferência de imprensa com muitos jornalistas deliciados com o feito de Michelle Brito. Ver aqui.

Atenção a esta menina, que promete fazer mais pelo ténis português, com mais feitos históricos!

Sondagem Aximage (Jornal de Negócios / Correio da Manhã)

LINK

Com esta sondagem, a distribuição dos eurodeputados ficaria desta forma:

PS - 9 (38%)
PSD - 8 (31,1%)
BE - 2 (8,5%)
CDU - 2 (7,9%)
CDS - 1 (6,3%)

Quanto à abstenção atinge os 64,7%. E o mais frustrante, é a faixa etária que tem menor interesse: dos 18 aos 29.
É demasiado preocupante esta situação! Quando deveria ser esta faixa etária a mudar a tendência da abstenção elevada nas Eleições Europeias, parece que o divórcio com as eleições também abrange fortemente os mais jovens.
É triste, e já venho a criticar este aspecto há algum tempo...!
Definitivamente (e apesar de ser uma sondagem), não há dúvidas que é urgente fazer algo no sentido de demonstrar a grande importância da integração europeia.
Os discursos dos candidatos e dos partidos têm de andar à volta disto, de forma insistente! Mostrando, apresentando, explicando, comprovando...



(Imagem retirada do blogue "Câmara de Comuns", mas alterada por mim).

terça-feira, 26 de maio de 2009

As pressões no caso Freeport


Os contornos e a extensão do caso Freeport fazem correr muita tinta na imprensa nacional, sem, no entanto, investigar o que é essencial, que seria investigar de forma célere e séria este caso, por forma a alcançar o cabal apuramento da verdade e, ainda para mais, quando o nome do primeiro-ministro é referenciado no processo, seria benéfico para todas as partes envolvidas que, bem ou mal, a investigação fosse concluída, ou com pronúncia de acusação e consequente julgamento, ou manifesta falta de provas e subsequente arquivamento.
Mas, como começa a ser apanágio da justiça portuguesa, perde-se mais uma oportunidade de enviar uma mensagem de confiança à sociedade civil portuguesa e evitamos investigar o que é fundamental e essencial, para nos perdermos com trocas de acusação estéreis e sem significado. Tudo para nos distrairmos do mais importante, e reitero, o apuramento da verdade, que a todos beneficiaria em ano de eleições.

Traçado este panorama devo referir que o caso das alegadas pressões do presidente do EuroJust, o procurador-geral adjunto José Luís Lopes da Mota, é apenas mais um episódio deste complexo processo que devido as entidades envolvidas e à gravidade da acusação, deve obviamente ser investigado, no entanto, não nos equivoquemos, estas são apenas manobras de distração do processo principal.
De referir, que nesta polémica, ninguém fica bem na fotografia. Lopes da Mota, presidente do Eurojust, por escolha dos seus pares, um órgão adstrito à cooperação judiciária e troca de informações a nível europeu entre os diferentes países, acaba por ser a personalidade que mais terá a explicar pelo seu comportamento. Impende sobre a sua pessoa um inquérito pelas fortes suspeitas de alegadas pressões sobre os magistrados responsáveis pela investigação do caso Freeport, após denúncia destes últimos.
Ora, de facto, recaem sobre Lopes da Mota fortes e graves suspeitas de pressões para que a investigação sobre o caso Freeport fosse arquivada, isto, sabendo de antemão, que é grande a proximidade deste último com o actual governo, pelo qual foi nomeado por despacho de dois ministros e tendo em conta que esteve no governo de António Guterres com José Sócrates. A proximidade é inegável o que não prova tráfico de influências. Mas fica a nota.

Na minha opinião, Lopes da Mota, mesmo que inocente, deveria por seu próprio mote, pedir a sua demissão, na medida em que, perdeu a confiança da opinião publica na sua isenção e independência, visto que a sua imagem pública para o cargo que ocupa, já não é passível de ser restaurada. Entendo que caso Lopes da Mota não tome a iniciativa de se demitir, deverá ser o governo a preceder à sua demissão, pelas mesmas razões que invoquei atrás e visto que as alegadas pressões foram feitas no suposto favorecimento ou a pedido de membros do governo, no caso, do ministro das justiça e do primeiro-ministro.
O governo perdeu uma boa oportunidade de mostrar limpidez de processos e isenção na análise e decisão deste caso, contribuindo sobremaneira para alimentar este clima de guerrilha que paira na justiça portuguesa e que mina diariamente a confiança dos portugueses, numa área que é considerada um pilar essencial de um Estado de Direito Democrático.
A única opção a tomar é pois, demitir Lopes da Mota.

Mas, voltando ao início, reitero esta opinião, não nos deixemos influenciar por estes casos laterais, e não deixemos de atentar no que é essencial, no caso Freeport, que requer uma rápida conclusão, caso contrário, advirão graves consequências para o país.
Uma última nota para evidenciar a incompetência que grassa na procuradoria-geral da Republica. Basta acompanhar o comportamento, actuação, afirmações e contradições no que diz respeito ao caso Freeport, dos quais resulta, pouca margem de manobra e cada vez menos confiança numa resolução independente e isenta do caso.
A necessitar de demissão, aguardemos a posição do próximo governo a ser eleito em Outubro. Matéria para outro tema...

Sobre João Bénard da Costa

Miguel Esteves Cardoso (Público, 22 de Maio de 2009)

O João Bénard é um menino.
É um menino que, a cada momento da vida, acabou de descobrir uma coisa. É sempre uma coisa maravilhosa que tem de abraçar com muita força mas depois largá-la para poder mostrá-la aos amigos e partilhá-la com toda a gente.
Porque se não a partilhar, se não a cantar, se não se destruir a elogiá-la de maneira a ser tão irresistível como ele - até chegar a confundir-se com ele ao ponto de não sabermos qual amamos mais, se ele ou as coisas que ele nos ensinou a amar -, se não puder parti-la aos pedaços para poder dar um bocado a cada um, na esperança que todos a queiram reconstruir depois, ele já não é capaz de amar tanto aquela coisa, porque acredita que a coisa é grande e boa de mais para uma só pessoa e sente-se indigno de gozá-la sozinho.

É assim o João Bénard.O João Bénard é um amigo. É um amigo que, a cada momento da vida, faz sempre como se tivesse acabado de apaixonar-se por nós.
Não lhe interessavam nada as coisas que mudaram; as asneiras que fizemos; a decadência em que entrámos; a miséria que subjaz às nossas opiniões ou o grau de petrificação das nossas almas. Para ele, somos sempre os mesmos. É um leal. Está sempre connosco como se fôssemos tão frescos como ele. Puxa-nos pela manga da camisa; protege-nos da tempestade; desata a rir no meio das encrencas; arranja tabaco clandestino; deixa-nos subir para os ombros para vermos melhor; para saltar para o outro lado; mostra-nos fotografias nunca vistas, de actrizes lindas, escondidas debaixo da camisola - e faz tudo descaradamente; não se importa de ser apanhado; não tem vergonha nenhuma; é um prazer estar com ele; parece que todo o universo está em causa.

É assim o João Bénard. O João Bénard é uma alma. É uma alma que, a cada momento da vida, desde que nasceu, sempre fez pouco do corpo e das coisinhas de que o corpo precisa. Tinha um corpo transparente, com a alma a ver-se lá dentro. Ou então era a alma que projectava o corpo no ecrã da pele. É por isso que todos nós o conhecemos como conhece Deus.

Deus, apresento-Te João Bénard. João Bénard, apresento-te Deus.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

"Alguém quer saber da Europa ?"

  • "O Portugal de hoje não se compara com o de 1986. Percorreu-se um longo caminho em diversas áreas como as infra-estruturas, a saúde, a economia ou o ensino superior. Portugal tem uma sociedade mais aberta e moderna. O problema é que Portugal andou a 40 km/h e a restante Europa a 80 km/h. Portanto, começou em último e continua entre os últimos, mesmo depois dos vários alargamentos, ao nível do rendimento médio."

    Bruno Proença, Diário Económico
    Texto na íntegra.

De facto, o Portugal de hoje é muito diferente. Nasci em 1989, mas apercebo-me facilmente de diferenças em muitas áreas.

Portugal tem de encontrar nesta crise, uma oportunidade para aumentar essa velocidade de 40 km/h para uma ao nível da UE, e porque não, superior. O futuro de Portugal vai estar muito ligado ao futuro da Europa, e isso não é negativo. É frustrante como os portugueses contribuem tanto para a abstenção nas eleições europeias, como duvidam tanto da integração europeia, como chegam a pensar que estaríamos melhor com o escudo...há uma ausência de compreensão em relação ao enquadramento do nosso país e o que beneficiamos disso...! Realmente, há muitos a não querer saber da Europa!

domingo, 24 de maio de 2009

João Salaviza no Festival de Cinema mais importante do mundo

João Salaviza vence grande prémio de Cannes para Curtas-Metragens

Foi certamente uma surpresa para o realizador, que ontem mesmo dizia ao PÚBLICO, em Cannes, que “Arena” não era um filme “para ganhar aqui”. Mas ganhou.

A sua curta-metragem venceu o Grande Prémio da competição de curtas-metragens, lançando para o centro das atenções a obra deste jovem realizador de 25 anos, ainda estudante de cinema no Conservatório.

Na apresentação de “Arena” (única obra portuguesa em competição no festival), o crítico do PÚBLICO Vasco Câmara classificava-a como “uma curta vigorosa”, um filme “híbrido entre o documento da realidade e o espectáculo da sensualidade dos corpos e do espaço”. É uma história centrada num jovem em prisão domiciliária.

Mas o realizador recusava a ideia de querer, com “Arena”, transmitir qualquer mensagem ao mundo, como o tinha apresentado a sua produtora, Maria João Mayer. “Nunca diria de mim isso de querer ‘falar ao mundo’, mas sim, reconheço-me, tendo em conta que os filmes, para mim, são uma reacção a qualquer coisa”, sem terem de ser um manifesto.“Arena” acrescenta o prémio agora conquistado em Cannes ao que já tinha ganho no IndieLisboa, no início de Maio.

A notícia da sua selecção para a competição de curtas em Cannes foi recebida já na contagem decrescente do festival, mas isso não fez com que o realizador perdesse o sentido da realidade. Já em França, admitia que, para além do “glamour” que irremediavelmente se respira na Croisette, o festival aposta também “numa programação arriscada”. “Não estão à procura da típica curta com a ‘punchline’ final. Estão à procura de coisas novas. Senti que o meu filme foi escolhido por isso”.“Arena” confirmou-se, assim, “uma coisa nova”. Expressão, afinal, de que “os filmes portugueses estão condenados a serem descobertas dos festivais internacionais”, notava Salaviza.

Fonte: Público

Nunca um filme português recebeu este prémio. Parabéns João Salaviza! Parabéns ao Cinema Português !

A Justiça de Marinho Pinto


A polémica estalou novamente no seio da Ordem dos Advogados, devido às declarações proferidas pelo seu bastonário, Marinho Pinto, a propósito das comemorações do dia do advogado, acusando "certos advogados especializados em crime económico de ajudar os clientes a praticar delitos".
Desta forma, Marinho Pinto lançou uma nuvem de suspeita sobre toda a classe, provocando reacções e críticas de alguns conselhos distritais da ordem, bem como de proeminentes advogados da nossa praça, entre os quais se destacam os nomes de Rogério Alves e de José Miguel Júdice, antigos bastonários.

Entre as vozes críticas, destaca-se Carlos Pinto Abreu, da distrital de Lisboa, que refere que Marinho Pinto "deve pedir a sua demissão pois está constantemente a ofender a dignidade da classe". Já José Miguel Júdice, na sua crónica semanal no jornal Público, escreve que " a ordem dos advogados perdeu prestígio, respeitabilidade e poder. E isso afecta o Estado de Direito".
De facto, o coro de críticas à forma como Marinho Pinto tem conduzido o seu mandato enquanto bastonário, começou pouco depois de este ter iniciado o seu mandato, no entanto, a relação de respeito e cordialidade entre os conselhos distritais e o bastonário está, neste momento, perto da ruptura, ao ponto de já circular um abaixo-assinado, de forma a convocar uma Assembleia Geral para, assim, destituir Marinho Pinto do seu cargo.

A polémica já vem de longe e assenta essencialmente no discurso corrosivo e indiscriminado de Marinho Pinto, que regularmente lança acusações a várias entidades ( entre as quais a magistratura judicial e do ministério público têm sido as mais visadas), sem, no entanto, referir casos concretos e com opiniões públicas pouco consentâneas com a dignidade do cargo que ocupa.
Marinho Pinto afirma, por seu lado, que se pauta pela transparência, e defende-se dos ataques dizendo que se considera uma pessoa polémica porque tem princípios e opiniões e defende-os acima de tudo.
A propósito das suas últimas declarações refere, "represento uma classe honrada e essa honradez tem de levar à separação das maçãs podres".

Julgo que Marinho Pinto possui a sua própria agenda pessoal, demonstrando,de facto independência e pouca reverência para com os interesses instalados, provocando certamente alguns amargos de boca e denunciando certas práticas que são censuráveis.
Agora, o comportamento de Marinho Pinto não é digno de um bastonário da Ordem dos Advogados, que representa toda uma classe e tem especiais responsabilidades na afirmação da seriedade e honorabilidade do grupo que representa perante a opinião pública.
O que me parece, é que Marinho Pinto tem uma conduta mais apropriada ao Provedor de Justiça, pela sua veia de "justiceiro", do que propriamente de bastonário.
Afigura-se penoso o tempo que lhe falta cumprir à frente da ordem, antevendo-se que o mesmo não irá moderar o discurso e o estilo persecutório às injustiças, segundo ele, perpetuadas no mundo da Justiça, tal como, se descortina que uma larga fatia de advogados já não confia na sua actuação e competência, e tudo fará para limitar a Marinho Pinto, o seu espaço de manobra.

sábado, 23 de maio de 2009

Tendências...

Aceite o repto do meu amigo José Pedro, aqui ficam os resultados, os quais, de resto, apenas demonstram uma tendência, de acordo com o critério limitativo adoptado por este site, e que não conseguem obviamente traduzir e manifestar as reais convicções de uma pessoa.
De qualquer forma um exercício engraçado que recomendo, pois indica-nos o nosso posicionamento em relação a um conjunto de matérias.

Resultados:


1. Movimento Esperança Portugal 80,8%


2. Partido Socialista 79,6%


3. Partido Social Democrata 78,6%


4. MPT 72,4%


5. PH 70,8%


6. CDS-PP 67,5%


7. MMS 60,5%


8. PPM 58,3%


9. BE 57,4%


10. CDU 53,4%

Resultado esperado...

Visitei o site http://www.euprofiler.eu/.
É um site onde se responde a 3o questões, atribui-se graus de importância a vários temas, e refere-se a probalidade de votarmos num ou noutro partido.
São estes 3 passos que o utilizador tem de efectuar.

No fim, é calculado o resultado e é identificado o partido do qual o utilizador está mais próximo ideologicamente, através de percentagens e de gráficos muito bem construídos.

Estes foram os meus resultados:

Partido e Proximidade

1.Partido Socialista 92,8%

2. Movimento Esperança Portugal 65,3%

3. Centro Democrático Social - Partido Popular 46,8%

4. Movimento Mérito e Sociedade 45,6%

5. Partido Social Democrata 42,1%

6. Partido Humanista 41,9%

7. Partido da Terra 36,8%

8. Bloco de Esquerda 28,4%

9. Coligação Democrática Unitária 21,6%

10. Partido Nacional Renovador 0,7%

11. Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses 0,0%

12. Partido Popular Monárquico 0,0%



O resultado não me surpreendeu, no entanto penso ser uma iniciativa interessante e bem pensada a nível de métodos utilizados na definição dos resultados.

Convido o meu amigo João Paulo a responder às perguntas deste site, e posteriormente, a apresentar os resultados aqui no nosso blogue...

sexta-feira, 22 de maio de 2009

"Isso é o péssimo jornalismo que você faz"

Isto foi o que se passou no Jornal de Sexta, na TVI.

Os desabafos de Marinho Pinto sobre o jornalismo de Manuela Moura Guedes..."que envergonha, em Portugal, os verdadeiros jornalistas", dizia ele...

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Um Novo Impulso

O estudo de opinião levado a cabo pela Eurosondagem aponta para um empate técnico nas eleições europeias de 7 de Junho entre as listas de Paulo Rangel e Vital Moreira. A sondagem aponta uma ligeira vantagem de 2,2% para o candidato do PS, contrariando e invertendo a tendência verificada nos últimos meses, em que as sondagens davam uma diferença de 8 a 10 pontos percentuais entre PS e PSD.
São várias as razões que explicam esta evolução positiva do PSD, a começar pelo facto de ter apresentado uma lista para estas eleições europeias composta por pessoas de méritos comprovados e com grande experiência nas questões europeias. Mas o factor decisivo no desenrolar desta campanha, está a ser o candidato Paulo Rangel e as linhas políticas de orientação propostas pela sua lista.


Paulo Rangel que foi escolhido por Manuela Ferreira Leite para liderar a bancada parlamentar do PSD, veio dar uma nova dinâmica ao partido, na medida em que se apresentou ao eleitorado como um novo rosto dos sociais-democratas, dotado de um poder de argumentação notável que lhe tem proporcionado bons desempenhos nos debates quinzenais na Assembleia da República. Apresenta-se nesta campanha com ideias extremamente interessantes, tal como a mobilidade europeia ao nível do 1º emprego, que pretende promover o intercâmbio dos jovens europeus que queiram ter uma experiência de trabalho noutro país da União Europeia, bem como a iniciativa " Rede Autarcas Europa", que consiste na aproximação dos deputados no parlamento europeu aos autarcas portugueses com claras mais valias ao nível de candidaturas a fundos europeus, proporcionando um maior intercâmbio e ligação entre a Europa e Portugal.


Ao facto do PSD ter subido consideravelmente nas sondagens, não é alheio a circunstância de estarmos a atravessar uma das maiores crises económicas mundiais, e de a população portuguesa estar a atravessar grandes dificuldades, elevando o grau de insatisfação e censura para com o Governo PS, sendo de crer que o eleitorado pretende penalizar o partido do poder pela má situação do país, num momento em que estamos quase a atingir meio milhão de desempregados em Portugal. No entanto, se analisarmos os 10 anos de Governo de Cavaco Silva, chegamos à conclusão de que, embora o PSD tenha conseguido alcançar 2 maiorias absolutas, o que é certo é que nos 2 actos eleitorais referentes às eleições europeias que ocorreram nesse período, o PSD, partido do poder foi, em ambas as situações derrotado.


Por outro lado, e após algum entusiasmo das hostes socialistas, é hoje claro que o candidato Vital Moreira foi um erro de casting para estas eleições. Primeiramente, é claramente inferior no debate político em relação ao seu principal opositor, o que, nestas situações é de enorme importância devido aos inúmeros debates televisivos e aparições públicas dos candidatos, e depois, não tem alinhado pelo mesmo discurso e opções do partido que representa, sendo a situação mais grave o seu entendimento de que Durão Barroso não deve ser reconduzido na liderança da Comissão Europeia, em clara dissonância com José Sócrates. Ora isto demonstra falta de coordenação e entendimento entre Vital Moreira e o Primeiro-Ministro, e já levou a que este último seja obrigado a participar de forma activa na campanha para estas eleições de forma a minimizar a descida abrupta do PS nas intenções de voto dos Portugueses, e tentar dar novo alento à candidatura de Vital Moreira.


Tal como defendo há algum tempo, estas eleições são decisivas para o PSD, na medida em que é necessário que se concretize no dia 7 de Junho, os resultados agora enunciados nas sondagens, de forma a dar novo e decisivo impulso para as legislativas que se avizinham e como última oportunidade dos sociais-democratas se assumirem de facto como alternativa credível ao Governo PS. De facto, ao mesmo tempo que o desgaste do executivo se acentua a olhos vistos, a liderança de Manuela Ferreira Leite tem demonstrado sensatez, coerência e apresentado boas propostas ao país, evitando enveredar por discursos demagógicos e populistas, afirmando independência e um rumo bem definido, isto após um início, no mínimo algo titubeante.


Não quero avançar resultados, nem cenários pós-eleitorais, no entanto é certo que caso Paulo Rangel obtenha um bom resultado, que pode até ser a vitória, o mérito deve ser dado não só ao candidato, mas também a Manuela Ferreira Leite porque foi ela a promotora da sua escolha e é sua a responsabilidade por este novo discurso político, pautado pela ética na política e por uma mensagem de verdade na comunicação aos Portugueses.


Apesar de a história da democracia em Portugal demonstrar que estas eleições não são decisivas para aferir qual irá ser o próximo Governo de Portugal, considero que dadas as circunstâncias actuais e o estado de crise em que o país esta mergulhado, poderá haver uma deslocação significativa do eleitorado para o PSD, por esgotamento e falta de credibilidade do partido da maioria.
A ver vamos, os dados estão lançados!

Morreu João Bénard da Costa

João Bénard da Costa morreu hoje, aos 74 anos. Divulgador de cinema, director da Cinemateca Portuguesa desde 1991.

Traços de uma vida:

João Pedro Bénard da Costa nasceu a 7 de Fevereiro de 1935, em Lisboa, e cresceu entre a casa da Avenida António Augusto de Aguiar e os Verões na Arrábida – sobre os quais escreveu longamente nas crónicas do PÚBLICO.

Na Universidade começou com o curso de Direito, mas rapidamente mudou para Histórico-Filosóficas. É desse tempo que vêm algumas das suas mais fortes amizades, figuras como Pedro Tamen, Nuno Bragança, Alberto Vaz da Silva, Nuno Portas, Manuel de Lucena, Francisco Sarsfield Cabral, Paulo Rocha. Entre 1957 e 1960, Bénard, já apaixonado por cineastas como Rosselini e Bresson, dirige o cineclube Centro Cultural de Cinema e também a Juventude Universitária Católica (1958/58). Casa-se em 1958, um ano antes de terminar a licenciatura.

É depois de conhecer António Alçada Baptista que surge a ideia de criarem uma revista. O primeiro número de O Tempo e o Modo sai em 1963 com Alçada como director e Bénard como chefe de redacção e, mais tarde, Vasco Pulido Valente como subchefe. Em 1965 Bénard faz parte do grupo de 101 católicos portugueses que assinam um manifesto contra a guerra colonial (grupo que incluía também Francisco Sousa Tavares, Sophia de Mello Breyner, Ruy Belo, Lindley Cintra).

Três anos depois sai da Igreja Católica – estava-se em Maio de 1968.No ano seguinte, é convidado para a secção de cinema no serviço de Belas Artes da Gulbenkian (onde já era investigador no Centro de Investigação Pedagógica) e organiza ciclos inesquecíveis, começando ao mesmo tempo a dar aulas de Cinema no Conservatório.

No início dos anos 70 dirige o Centro Nacional de Cultura.Em 1980, Vasco Pulido Valente, então secretário de Estado da Cultura, convida-o para o cargo de subdirector da Cinemateca Portuguesa, então dirigida por Luís de Pina. Depois da morte deste, Bénard assume a direcção, em 1991, cargo que manteve até ao fim da vida – um trabalho pelo qual foi condecorado, em Setembro passado, pelo ministro da Cultura, José António Pinto Ribeiro, com a medalha de mérito cultural.

Foi só quando os problemas de saúde de Bénard se agravaram, no ano passado, que o subdirector Pedro Mexia assumiu a direcção interina. Antes disso, em 2006, nas vésperas da sua licença especial para continuar na direcção depois da idade da reforma, Bénard escreveu numa crónica que corria o risco de ser “abatido no activo”.

Um abaixo-assinado pela sua continuação começou imediatamente a circular na Internet e a então ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, acabou por lhe renovar a licença especial. Em 1990 foi galardoado com a Ordem do Infante D. Henrique pelo então Presidente Mário Soares. Em 1997, Jorge Sampaio, nomeou-o presidente da Comissão do Dia de Portugal de Camões e das Comunidades. E em 2001 foi galardoado com o Prémio Pessoa. Bénard da Costa escreveu vários livros, entre os quais Muito lá de casa e Filmes da Minha Vida/Os Meus Filmes da Vida.
As crónicas no PÚBLICO mereceram-lhe o Prémio João Carreira Bom.

Fonte: Público

quarta-feira, 20 de maio de 2009

«Mención especial merecen los carteles de Ferreira Leite que jalonan las carreteras portuguesas. “Não desista. Todos somos precisos”, reza. Pero la desolada foto en blanco y negro de la candidata, sin maquillar, podría hacer pensar a los turistas que visitan el Algarve que se trata del mensaje de una asociación de apoyo a la tercera edad o de prevención del suicidio.»


terça-feira, 19 de maio de 2009

Sair, ficando - por Pedro Adão e Silva

"A decisão “saio, mas fico” de Manuel Alegre acabou por ser a melhor solução para todos. Para Alegre, que mantém a autonomia face a Sócrates e para Sócrates, que não fica mais fragilizado à esquerda.
Até porque Alegre, depois das críticas substantivas e do distanciamento em questões centrais da Governação (ex. o código do trabalho), sairia descredibilizado se aceitasse integrar as listas ao Parlamento, ao mesmo tempo que essa decisão de pouco serviria a Sócrates.


Mas para além da personalização, há questões mais relevantes suscitadas pela relação tensa entre Alegre e o PS.
Pese embora as sondagens dos últimos anos revelarem uma pulverização eleitoral sem paralelo nos últimos anos, as eleições europeias encarregar-se-ão de fazer regressar a bipolarização. Uma bipolarização que, no essencial, não assentará em transferências de votos entre campos políticos mas que ocorrerá, por um lado, entre partidos de direita e, por outro, entre partidos de esquerda. Quando chegarem as legislativas, o que vai estar de facto em causa é uma escolha entre uma vitória do PS e uma vitória do PSD - cenário tanto mais credível quanto maior for a proximidade entre os dois nas europeias.
Na sexta-feira, Alegre afirmou que "não entrará em nenhum combate para derrotar o PS e que estará sempre ao lado dos socialistas numa luta eleitoral contra a direita". Ora, esta declaração não apenas sugere que Alegre se envolverá na escolha do próximo Governo, como, pelo peso político que, de facto, adquiriu, ajudará a definir os termos em que ela ocorrerá, condicionando a linha discursiva do PS para a campanha eleitoral.

Com o PSD com resultados em redor dos vinte e pouco por cento e com um peso igual ao dos votos somados no PCP e no BE, o PS podia fazer uma campanha em que "malhava" de modo igual à esquerda e à direita. A partir do momento que o PSD começa a concentrar os votos da direita, o PS precisa de mobilizar os votos do seu campo político e apostar de novo na bipolarização.
Nesse exercício, Sócrates beneficia da competição directa com Ferreira Leite, na medida em que é o único que é, de facto, percepcionado como sendo candidato a primeiro-ministro. Mas não basta. É preciso que os portugueses, e nomeadamente os que votaram PS mas que agora se sentem menos ou nada inclinados para voltar a fazê-lo, por um lado, sintam que o regresso do PSD ao poder é um mal maior do que um novo Governo PS e, por outro, que os socialistas se revelem capazes de apresentar um programa de resposta à crise económica e social, para além das soluções de emergência que têm dominado a agenda.

Manuel Alegre, simpatizemos ou não com o seu percurso político e com as suas opções recentes, pode ser determinante para o PS concretizar este duplo objectivo. O que só serve para provar que, por vezes, estar fora acaba mesmo por ser a melhor forma de ter mais peso interno."

Pedro Adão e Silva

Concordo com este artigo de Pedro Adão e Silva, como já é habitual. De facto, esta decisão de Manuel Alegre pode ter várias consequências que devem ser analisadas previamente. Ele pode ser mesmo determinante para o PS na concretização dos objectivos. É fundamental, portanto, que o PS apresente um programa claro e objectivo, com uma aposta na bipolarização (referida no artigo) e na mobilização do seu campo político, demonstrando que merece realmente o voto, em detrimento do PSD cuja liderança é fraca e de pouca confiança, e que por isso, só deve ajudar a uma campanha mais entusiasmante e confiante da liderança de Sócrates. Tudo isto, sem esquecer Manuel Alegre, o qual sai mas deixando a sua sombra e mantendo, de certa forma, o seu peso interno.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Cara de mau...


Eu não quero assinar...nem por baixo, nem por cima, nem dos lados...

Sondagens Europeias - até ao momento


Retirado do blogue "Margens de Erro".

domingo, 17 de maio de 2009

Manuel Alegre e os 3 nãos

1. Não sairei do PS – Ajudei a fazer este partido, a sua história é parte da minha história, posso não concordar com a prática e as políticas, mas reconheço-me nos valores e princípios do socialismo democrático.

2. Não formarei um partido para as próximas legislativas – Reconheço que há uma crise de confiança nos partidos cujo monopólio está a esgotar-se, há a necessidade de renovar a vida política, de cativar os jovens para a política e para a coisa pública, assim como de preparar novas soluções para a esquerda e para a democracia. Mas isso é um processo inseparável do processo social. Exige uma acção pedagógica e o reforço da cidadania. E não se fará sem ou contra o espaço socialista.

3. Não serei candidato a deputado – Fui convidado pelo Secretário-geral, com espírito de abertura e companheirismo, para integrar as listas do PS. Não seria digno impor condições ao Secretário-geral do PS. Só faço exigências a mim mesmo. E são essas exigências que me ditam a decisão de não me candidatar nas próximas eleições legislativas.
Não há ruptura com o PS.
Não há abdicação nem retirada.
Há a decisão de continuar, sob outras formas, o meu combate de sempre pela renovação da vida democrática, pela cidadania e pelo socialismo democrático.

Manuel Alegre

Esteve bem nesta sua intervenção, e aproveitou para mostrar que vai continuar por aí...a preparar a sua candidatura à Presidência da República...

segunda-feira, 11 de maio de 2009

www.jseuropeias2009.com

Já se encontra disponível o site da Juventude Socialista ligado às Eleições Europeias.
Neste momento, a JS viaja pelo país com festas, sessões de esclarecimento e debates sobre várias temáticas relacionadas com a Europa. A "Caravana JS" esteve em Castelo Branco, Bragança, Aveiro, Évora, Lisboa, Leiria e ainda vão estar em Vila Real, Porto e Coimbra.

Foi também apresentado o slogan da JS para as Eleições Europeias:

domingo, 10 de maio de 2009

Não ao Penta...


Parabéns F.C.Porto. Infelizmente, foram mesmo os melhores...mas fiquemos pelo Tetra, sim?

Correia de Campos - nº1 da Assembleia Municipal


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Apresentação da candidatura do Prof. Correia de Campos à Assembleia Municipal de Viseu, às 21horas, no salão da Assembleia Municipal.

sábado, 9 de maio de 2009

Dia da Europa

Ao verem nas agendas e nos calendários o dia 9 de Maio identificado como "Dia da Europa", muitas pessoas interrogam-se sobre o que se terá passado nessa data e em que ano terá tido lugar esse acontecimento.

Com efeito, poucos cidadãos europeus sabem que a 9 de Maio de 1950 nasceu a Europa comunitária, numa altura em que, devemos recordá-lo, a perspectiva de uma terceira guerra mundial angustiava toda a Europa.

Nesse dia, em Paris, a imprensa foi convocada para as dezoito horas no Salon de l'Horloge do Quai d'Orsay, quartel-general do Ministério dos Negócios Estrangeiros francês, para uma "comunicação da maior importância".

As primeiras linhas da declaração de 9 de Maio de 1950, redigida por Jean Monnet, comentada e lida à imprensa por Robert Schuman, Ministro dos Negócios Estrangeiros da França, dão imediatamente uma ideia da ambição da proposta: "A paz mundial não poderá ser salvaguardada sem uma criatividade à medida dos perigos que a ameaçam". "Através da colocação em comum de produções de base e da instituição de uma Alta Autoridade nova, cujas decisões ligarão a França, a Alemanha e os países que a ela aderirem, esta proposta constituirá a primeira base concreta de uma federação europeia, indispensável à preservação da paz".

Era assim proposta a criação de uma instituição europeia supranacional, incumbida de gerir as matérias-primas que nessa altura constituíam a base do poderio militar, o carvão e o aço. Ora, os países convidados a renunciar desta forma ao controlo exclusivamente nacional destes recursos fundamentais para a guerra, só há muito pouco tempo tinham deixado de se destruir mutuamente num conflito terrível, de que tinham resultado incalculáveis prejuízos materiais e, sobretudo, danos morais: ódios, rancores e preconceitos.

Assim, tudo começou nesse dia, razão que levou os Chefes de Estado e de Governo, na Cimeira de Milão de 1985, a decidirem celebrar o 9 de Maio como "Dia da Europa".

Os diversos países, ao decidirem democraticamente aderir à União Europeia, adoptam os valores da paz e da solidariedade, pedra angular do edifício comunitário.

Estes valores concretizam-se no desenvolvimento económico e social e no equilíbrio ambiental e regional, únicos garantes de uma repartição equilibrada do bem-estar entre os cidadãos.

A Europa, enquanto conjunto de povos conscientes de pertencerem a uma mesma entidade que abrange culturas análogas ou complementares, existe já há séculos. No entanto, a consciência desta unidade fundamental, enquanto não deu origem a regras e a instituições, não pôde evitar os conflitos entre os países europeus. Ainda hoje, alguns países que não fazem parte da União Europeia não estão ao abrigo de tragédias terríveis.

Como qualquer obra humana desta envergadura, a integração da Europa não se constrói num dia, nem em algumas décadas: as lacunas são ainda numerosas e as imperfeições evidentes. A construção iniciada imediatamente a seguir à II Guerra Mundial foi muito inovadora: o que nos séculos ou milénios precedentes podia assemelhar-se a uma tentativa de união, foi na realidade o fruto de uma vitória de uns sobre os outros. Estas construções não podiam durar, pois os vencidos só tinham uma aspiração: recuperar a sua autonomia.

Hoje ambicionamos algo completamente diferente: construir uma Europa que respeite a liberdade e a identidade de cada um dos povos que a compõem, gerida em conjunto e aplicando o princípio segundo o qual apenas se deve fazer em comum o que pode ser mais bem feito dessa forma. Só a união dos povos pode garantir à Europa o controlo do seu destino e a sua influência no mundo.

A União Europeia está atenta aos desejos dos cidadãos e coloca-se ao seu serviço. Conservando a sua especificidade, os seus hábitos e a sua língua, todos os cidadãos se devem sentir em casa na "pátria europeia", onde podem circular livremente.

Fonte: Portal da União Europeia

sexta-feira, 1 de maio de 2009

As noites da Queima...e os exames também a chegarem...

Depois da Serenata de ontem, começam hoje as noites no recinto da Queima das Fitas, em Coimbra. As últimas grandes noites antes dos exames...custa-me dizer isto, mas é mesmo verdade !!!
Aqui fica a calendarização deste evento, que já tem 110 anos de história...