sexta-feira, 31 de julho de 2009

Discurso

Estou aqui hoje, em nome da JS, para demonstrar uma enorme satisfação pela criação deste Movimento.
De facto, é de louvar que, numa conjuntura preocupante de afastamento progressivo dos jovens da política, surja um movimento de jovens a promover a participação cívica.
Um Movimento que prefere trocar o comodismo pelo prazer de apresentar ideias, o que nem sempre é fácil. Mas fazem isso por uma causa: Viseu, a nossa cidade, o coração de Portugal.

Como já foi dito pelo Guilherme, é essencial realçar o facto de este Movimento ser constituído por jovens independentes.
São jovens que têm um desejo em comum: um futuro para cada jovem em Viseu.
São jovens viseenses preocupados com o seu município e com as políticas do executivo camarário.
São jovens que desejam demonstrar as suas opiniões e divulgar as suas propostas para um concelho com melhor qualidade de vida para os seus habitantes.

Não é, portanto, um movimento da Juventude Socialista, ou que partiu da mesma.
É sim, um movimento de jovens que necessitavam da ajuda, do suporte, do apoio da Juventude Socialista do Concelho de Viseu, por esta estar mais habituada a estes confrontos de ideias presentes nas campanhas para Eleições Autárquicas.
Para este tipo de movimentos ter resultados efectivos, é essencial a divulgação e promoção. E neste aspecto, considerou-se que a Juventude Socialista poderia também desempenhar um papel preponderante.

Assim, daqui para a frente, vai ser notório que o Movimento “O Futuro é Jovem” e a JS vão andar de braço dado, pois ambos se revêem na candidatura do Dr. Miguel Ginestal e desejam fortalecê-la provando que todos nós lutamos pelo futuro de Viseu.

E é lutando por esse futuro e para provar que isso é verdade, que pretendemos que este Movimento não termine no dia 11 de Outubro. Este Movimento irá continuar depois das Eleições, com novas tertúlias, novas propostas, novos desafios, rumo ao futuro, acreditando sempre que é possível fazer de Viseu, uma cidade com oportunidades para os jovens!

É também nosso objectivo, criar um Manifesto Autárquico com propostas políticas concretas, simples … ou seja, algo que nos distingue positivamente da candidatura de quem governa o município há 20 anos.
Um Manifesto que vai promover um novo modelo de gestão autárquica, o qual pensamos ser possível com o Dr. Miguel Ginestal e a sua equipa.
Um novo modelo que dê um novo rumo à cidade, um novo ar.
Um novo modelo que liberte Viseu do ambiente de pressão que impede os seus agentes económicos e culturais de mostrarem do que são capazes.
Um novo modelo que oiça os cidadãos e que os integre nas políticas municipais, e nas decisões que as possibilitam.

Tanto a Juventude Socialista, como a candidatura do Partido Socialista, reconhecem a mais-valia dos jovens desta cidade, e compreendem a sua recusa em estar à margem da evolução de Viseu.

Não existe causa mais nobre e gratificante do que ajudar a nossa cidade neste momento, para que ela nos ajude num futuro próximo.

O futuro da cidade está essencialmente nas mãos dos jovens.
A juventude viseense está disposta a assumir esse compromisso!

O FUTURO É JOVEM!

O FUTURO É AGORA!


JOSÉ PEDRO GOMES (JS - Concelhia de Viseu)

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Apresentação Movimento "O Futuro é Jovem"






O Movimento "O Futuro é Jovem" foi finalmente apresentado ontem na Esplanada do Fórum Viseu, em Conferência de Imprensa.

Um Movimento de jovens independentes que apoiam a candidatura do Dr. Miguel Ginestal à Câmara Municipal de Viseu.

Para terem uma noção mais efectiva do que se trata, divulgo nos próximos posts a intervenção do porta-voz do Movimento, Guilherme Santos, e a minha intervenção, em nome da Juventude Socialista do Concelho de Viseu.





segunda-feira, 13 de julho de 2009

sábado, 11 de julho de 2009

Rasgar...não rasgar, verdade...inverdade

Então, Dra. Manuela Ferreira Leite? Já não quer rasgar as políticas sociais? Rasgar já não faz sentido? Assustou-se com as políticas que ia rasgar?

• O Complemento Solidário para Idosos;
• As escolas do 1.º ciclo do básico a funcionarem a tempo inteiro, até às 17:30, com inglês e refeições escolares;
• O abono pré-natal;
• A majoração do abono de família;
• O apoio público à procriação medicamente assistida para casais com problemas de fertilidade;
• O programa PARES, que tem financiado a criação de centenas de novos equipamentos sociais, nomeadamente assegurando um investimento sem precedentes na expansão do pré-escolar;
• O cheque-dentista para grávidas e crianças e jovens;
• As unidades de cuidados continuados integrados para idosos acamados e outros doentes prolongados;
• O programa de cirurgia oftalmológica, que permitiu no último ano operar — no sistema nacional de saúde — milhares de pessoas que há anos esperavam por uma simples operação às cataratas;
• O aumento da acção social escolar e o alargamento dos respectivos beneficiários;
• Os programas e-escolas e e-escolinhas;
• A reforma da segurança social, que assegurou a sua sustentabilidade e retirou Portugal do grupo de países de alto risco;
• O investimento nas energias renováveis, que tornou Portugal um caso de sucesso e um exemplo elogiado a nível internacional;
• A redução do IRC para empresas do interior e a criação de dois escalões (em que os primeiros 12.500 euros de matéria colectável são taxados a metade);
• O incentivo fiscal à actividade empresarial de Investigação & Desenvolvimento.

Pois. Eram estas. E agora a desculpa é que as políticas não passam de anúncios? Isso já parece um comentário "abrupto". Ai essa coerência...ai essa verdade...

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Podem-me seguir também aqui

Fui convidado para fazer parte do grupo de co-autores do blogue "Socialistas - Objectivo 2009", em http://www.socialistas2009.blogs.sapo.pt/.
Aceitei o convite, e comecei hoje a escrever lá.
Sinto-me motivado para continuar a fazer desse blogue, não só uma base de informação do quotidiano do PS até às eleições e divulgação das candidaturas socialistas pelo país, mas também um local de debate entre socialistas ou não. Um debate que dá tanto valor ao país no geral, como a cada distrito, a cada concelho, a cada freguesia.

O objectivo é vencer 2009. Sabemos que é possível. Porque JUNTOS CONSEGUIMOS!

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Arrisca Coimbra 2009

Sendo coordenador no Pelouro das Saídas Profissionais da Direcção-Geral da Associação Académica de Coimbra, apraz-me divulgar aqui o concurso de ideias de negócios "Arrisca Coimbra 2009".

Com este concurso, pretende-se estimular o desenvolvimento de conceitos de negócio susceptíveis de serem viáveis para a criação de novas empresas. É aberto a pessoas singulares ou colectivas e os prémios variam entre os 5.000 e os 500 euros.

Na avaliação das ideias, irá existir um júri que irá considerar os seguintes aspectos: a viabilidade, a originalidade, o perfil dos promotores, a capacidade de síntese e a sustentabilidade.

Serão atribuídos os seguintes prémios de acordo com a elegibilidade da ideia e do promotor: Prémio InovCapital, no valor de 5.000 euros; Prémio IEFP, de 3.000 euros; Prémio IAPMEI, de 2.500 euros; Prémio UNIVERSIA, de 1000 euros; e Prémio Coimbra Inovação Parque, no valor de 500 euros.

O prazo limite de envio das ideias de negócio é o dia 16 de Outubro.

Mais informações em: www.uc.pt, www.coimbracriativa.pt, www.academica.pt.

Curiosidade pelo resultado final...


A iniciativa Constituição 2.0, organizada pelo Instituto da Democracia Portuguesa (IDP), tem como objectivo a construção interactiva de uma Constituição aberta. Esta iniciativa procura usar as ferramentas colaborativas e interactivas ao dispor dos utilizadores da Internet para criar uma Constituição viva para uma sociedade dinâmica.

Com o intuito de melhorar a consciência cívica sobre o que é a Constituição, o Instituto da Democracia Portuguesa lança uma iniciativa online, a Constituição 2.0, utilizando uma plataforma colaborativa wiki para que qualquer pessoa possa participar naquela que seria uma nova Constituição para a democracia Portuguesa.

Nesta plataforma web 2.0, os cidadãos podem expressar as suas perspectivas e desejos sobre os elementos que gostariam de ver presentes neste documento fundamental, com total liberdade de expressão, edição e organização.

A 11 de Julho, será realizado em Lisboa (Museu das Comunicações, 10h-18h) um debate de lançamento onde várias personalidades (bloggers, jornalistas e pessoas do meio académico) irão interagir com o público através de meios como o Twitter.

Fonte e Sites úteis:

terça-feira, 7 de julho de 2009

Mário Soares no DN


Um artigo que sublinha a impossível coligação à esquerda e a inevitável coligação de direita, depois das Legislativas. Para além da análise crítica à direita portuguesa, surge também uma crítica ao BE e ao PCP pela campanha e discursos que realizam, contra o PS e Sócrates. Para quê? Pergunta Mário Soares. E responde: "oxalá não seja para dar a vitória ao PSD ou para tornar o País dificilmente governável. Se isso vier a acontecer - espero que não - poucos meses depois, serão os primeiros a arrepender-se. Porque, ao contrário do que dizem, PS e PSD são muito diferentes no exercício do poder. Não obstante o chamado "centrão de interesses", que deploro, como socialista, mas que tem peso na política."

Para além disto, Mário Soares analisa outros acontecimentos da última semana, como o inquérito realizado ao portugueses, sobre a sua qualidade de vida e consequente (ou não) felicidade, o último debate do Estado da Nação, a escolha do Provedor de Justiça, etc.

domingo, 5 de julho de 2009

Há quem saiba o que vai fazer e mostra-o


Mais um "Fórum Novas Fronteiras" que correu muito bem, desta vez dedicado à Economia e às propostas do PS para o mandato 2009-2013, nesse âmbito.

Exacto. Propostas. De alguém que sabe o que vai fazer e que sabe que tem a obrigação de o mostrar aos portugueses. De facto, a economia constitui um dos grandes desafios do próximo governo por coincidir com a saída da crise, depois do actual ter feito o que de melhor se podia fazer nesse sentido.

Pois bem. O PS propõe, o PSD diz que rasga, mas não se sabe o que fará depois de rasgar. Distinguem-se bem estes dois partidos. E a economia e as respectivas políticas constituem só uma das muitas diferenças. De facto, com o PS sabe-se que há objectivos que fazem com que Portugal não pare. Sem desistências, e com mais acção e mais iniciativa.

sábado, 4 de julho de 2009

"Os rostos de quem quer ser presidente da Câmara de Viseu"

Fonte: Jornal do Centro (clicar aqui para ver a página do jornal com as imagens dos candidatos)

Ao contrário do que se previa, o leque dos cabeças de lista à Câmara Municipal de Viseu acabou por trazer algumas surpresas, sobretudo nos partidos mais pequenos. Entre cinco candidatos, agora todos conhecidos, há duas mulheres, Helena Sarabando da CDU e Graça Pinto do Bloco de Esquerda (BE). O CDS-PP aposta na juventude com Francisco Mendes da Silva. No PS e PSD, nada de novo, o socialista Miguel Ginestal repete a candidatura e Fernando Ruas recandidata-se pelo PSD ao sexto mandato.

Enquanto Miguel Ginestal segue a sua pré-campanha eleitoral semana a semana, depois se ter oficializado a candidatura em finais de Abril, este semana foi a vez da CDU acabar com o suspense à volta do candidato da coligação e apresentar na quarta-feira, em conferência de imprensa, Helena Sarabando Neves.

Já na semana passada, o BE tinha desfeito a dúvida ao anunciar o nome da Graça Marques Pinto.

Por apresentar está o candidato do CDS-PP, o partido não confirma o nome de Francisco Mendes da Silva, mas é dado como certo por fontes próximas do processo. Já Fernando Ruas, que ainda não marcou a apresentação oficial da recandidatura, é dado como certo pelo próprio PSD, que divulgou, na terça-feira, no final da reunião da Comissão Política Nacional, a lista dos 18 candidatos às capitais de distrito para as eleições autárquicas, onde consta o nome de Fernando Ruas em Viseu.

João Pedro Barros, ex-governador civil de Viseu e um histórico do PSD em Viseu considera "positivo" a entrada de novos rostos para a luta autarquia em Viseu porque a "vida na política faz-se da inovação das gerações, cada uma tem ideias novas, possuidora de uma visão diferentes" das coisas. Mas assume a vantagem do actual presidente, Fernando Ruas.
Outro dado positivo avançado pelo analista, é a presença de duas mulheres no leque de candidatos: "primeiro têm uma sensibilidade diferente, em segundo está na hora de acabar com a ideia que um determinado tipo de lugar é para os homens". João Pedro Barros admite ainda que podem vir a fazer um bom papel na "civilização do debate" e na forma de estar da campanha eleitoral. Já outro comentador do Jornal do Centro, João Inês Vaz, também ex-governador Civil de Viseu (PS), embora veja com bons olhos a entrada de mulheres no debate autárquico, deixa um alerta à CDU "se vier alinhada com as ideias retrógradas do PCP, nada feito".
João Inês Vaz, num olhar para a lista de candidatos "saúda a juventude do CDS" e, apesar das caras novas, entende que "o filme se vai repetir" e o concelho não se vai livrar da bipolarização, "prejudicando tudo".

Eu quero que Portugal avance

Reconhecimento Internacional: "Want to fix schools? Look to Portugal!"

Deixo neste post o link para o artigo de Don Tapscott (author, consulting company CEO, advisor to government and business leaders).

Nesta publicação feita na Internet dirigida a Barack Obama, aconselhou o Presidente norte-americano a dar a devida atenção ao exemplo Português e ao Plano Tecnológico do Governo que está modernizar o ensino e a fidelizar os alunos às escolas públicas.

Tapscott valoriza José Sócrates pela sua coragem em apostar na renovação do ensino e no seu objectivo de equipar os estudantes com computadores portáteis e acesso à internet.

So Prime Minister Jose Socrates took a courageous step. He decided to invest heavily in a "technological shock" to jolt his country into the 21st century. This meant, among other things, that he'd make sure everyone in the workforce could handle a computer and use the Internet effectively.

This could transform Portuguese society by giving people immediate access to world. It would open up huge opportunities that could make Portugal a richer and more competitive place. But it wouldn't happen unless people had a computer in their hands.

So Portugal launched the biggest program in the world to equip every child in the country with a laptop and access to the web and the world of collaborative learning. To pay for it, Portugal tapped into both government funds and money from mobile operators who were granted 3G licenses. That subsidized the sale of one million ultra-cheap laptops to teachers, school children, and adult learners.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Blur


Tenho inveja de quem está em Londres, neste momento.

E hoje, tenho uma inveja especial, por não poder estar em Hyde Park, no concerto dos BLUR.

Rrrrrrr....

Disto ninguém fala...

"Alegre ao lado de Sócrates no caso Pinho"

Manuel Alegre elogiou hoje o primeiro-ministro pela forma como resolveu a substituição de Manuel Pinho e considerou que seria "estapafúrdio" se os resultados eleitorais fossem marcados pelo incidente.

Eurosondagem implica análise cuidada


Estes são os resultados da Eurosondagem realizada entre 25 e 30 de Junho.

Apesar de o PS estar à frente e de José Sócrates ser o líder com a actuação mais positiva, é fundamental não entrar em ilusões, como se fez nas Europeias. Confiou-se demais nas sondagens.

Urge não cometer os mesmos erros, trabalhar muito e mostrar as propostas e projectos concretos, dinamizadores e reformistas para um país moderno. Porque o PS os possui, e essa é uma das características que marca a diferença em relação aos outros. Os portugueses ainda sabem isso.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Debate para segundo plano através de um gesto irreflectido

O debate do Estado da Nação foi importante? Houve medidas concretas a serem apresentadas? Que assuntos foram discutidos? Quem ganhou o debate?
Obviamente, não se fala disto. Nem disto, nem da demonstração de autoridade e liderança de José Sócrates ao tratar do assunto de Manuel Pinho rapidamente, com a escolha correctíssima de Teixeira dos Santos para acumular a pasta da Economia à das Finanças. Só se fala do gesto de Manuel Pinho. Agora, há "gozos" mas também, até quem o criticou tanto durante mais de 4 anos, vem agora dizer que afinal ele foi um bom ministro. A eterna mania portuguesa de valorizar alguém...só depois da morte, e depois de muitas críticas.

De facto, Manuel Pinho morreu para a política. Aliás, nunca tinha nascido para a mesma. Na minha opinião, foi um bom ministro, mas mau político. Em Portugal, exige-se para os ministros cada vez melhores dotes de comunicação, mais política, e menos competência, capacidade de trabalho, esforço. É assim que funciona em Portugal.

Manuel Pinho foi um ministro competente, com uma enorme capacidade de trabalho. Esforçou-se muito pela pasta da Economia que representava e tinha razões para se sentir injustiçado, várias vezes. Por trás das televisões, foi uma máquina de trabalho, mas só era reconhecido pelo que dizia para as televisões, ou seja, pelas gaffes. E foi assim que terminou a sua carreira política, com um gesto ridículo na Assembleia da República.

Quem deve estar contente com o que aconteceu é o PSD, mais propriamente Paulo Rangel, que viu a sua péssima prestação no debate da Nação e a sua birra com Jaime Gama serem completamente ocultadas pelo gesto do ex-ministro, o qual foi injustificável e irreflectido.

Conclusões do dia:
Perder um ministro desta forma é mau.
Atitude pronta de Sócrates foi correcta, mostrando autoridade e liderança.
O que parece interessar menos: Quem apresentou as melhores soluções para o país foi o PS.
O que parece interessar ainda menos: o PS e Sócrates venceram o debate do Estado da Nação.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Manuela Ferreira quando era nº2 do Governo em 2002


Opinião de Ricardo Costa - Quando eu for grande quero uma golden share

Portugal continua com os defeitos de sempre. Os privados servem o Estado e o Estado serve-se dos privados. Os tiques salazaristas mantêm-se: o Estado joga Monopólio e brinca às televisões. A PT fez uma triste figura.

Uma das coisas mais tristes de Portugal é a vontade dos governos de desenharem a nossa economia a régua e esquadro, de 'construírem' grupos económicos, de usarem a Caixa e as empresas em que participa em jogos de dinheiro e de poder, coisas que andam ligadas.
Todos os governos têm estes tiques e todos sonham em levar as suas manias e protegidos para outras paragens, em aventuras bizarras com gente pouco séria. A Venezuela foi o último desastre. Andamos de braço dado com um tiranete, como era óbvio para todos, menos para o Governo e os empresários que vêem em Chávez um Bolívar, quando o que ali está é o Mugabe a falar castelhano.
Estas manias estão enraizadas e presentes em todos os governos. As privatizações de Cavaco Silva estão cheias de exemplos destes. Guterres, Durão, Santana e Sócrates foram seguidores. Portugal é um país em que todos estendem a mão ao Estado e o Estado dá a mão a alguns.
O assalto ao BCP é exemplar. A CGD emprestou milhões a empresários para comprarem acções do BCP. Consumado o assalto, os mesmos empresários (agora falidos) contrataram a administração da CGD para se mudar para o BCP! Pormenor: o convite foi feito pelo líder da EDP, uma empresa paraestatal. E o que é que o Governo disse na altura? Que não sabia nada...
A vergonha em que a PT se enredou só existe por causa disto. A PT é uma empresa bem gerida. Conheço bem e admiro vários administradores. Fui director da SIC Notícias, quando a PT (e, depois, a ZON) detinha 40% do canal e não tenho qualquer razão de queixa. Mas neste caso a PT pôs-se a jeito num negócio feito a pedido, promovido e abençoado pelo Estado.
Estão em causa assuntos sérios: desde o início do ano que o Governo sabe que a Prisa quer vender a Media Capital. Desde essa altura a PT, onde o Estado detém uma golden share e a GGD está presente, prepara e avalia o negócio. Em 2004 Sócrates queria proibir por lei a PT de estar nos media e a PT fugia dos media. Agora queriam o contrário. Porquê? A tentação política era grande. E a tentação do negócio enorme.
Eu sei que o país não é um research da Merrill Lynch ou um powerpoint da McKinsey. Mas era difícil à PT perceber os perigos que corria? Por um punhado de euros ia resgatar um canal para os braços do Estado. O Governo nunca ia agradecer. Na política isso não existe.
Meu caro Zeinal Bava, na política pedem-nos coisas. E depois tiram-nos o tapete. Relê as "Meditações" do Marco Aurélio. Está lá tudo.