Assinalou-se hoje, uma vez mais, o aniversário da Revolução de Abril, marcada pelos habituais discursos do Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, e dos partidos com assento parlamentar na Assembleia da República.
A expectativa centrou-se no discurso do Presidente da República, de forma a atestar se o clima de crispação evidente na última semana entre P.R. e Primeiro - Ministro teria novos episódios.Ao contrário do esperado, Cavaco Silva não fez roturas nem críticas directas à actuação do Governo, antes centrou a sua atenção em temas como o emprego, a segurança, justiça, saúde, educação. Referiu ainda que, num ano de eleições, este não é um tempo de propostas ilusórias e apelou à responsabilidade e consenso entre os partidos.
O protagonismo coube, por sua vez, a Paulo Rangel que atacou acerrimamente a política de investimentos do governo, que considerou de megalómana e faraónica, referindo que é irresponsável comprometer as gerações futuras com decisões levadas a cabo em final de mandato.
Quanto a José Sócrates reafirmou a sua total concordância com o discurso do P.R., à semelhança de Manuela Ferreira Leite e de Paulo Portas.
Os Partidos mais à esquerda consideraram que o discurso de Cavaco Silva devia ter sido mais acutilante e incisivo, focado no desemprego e nas assimetrias sociais.
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