quarta-feira, 17 de março de 2010

Moção aprovada por Unanimidade!


No passado Sábado (13 de Março), decorreu em Moimenta da Beira, a XII Convenção Distrital da JS Viseu.
A Juventude Socialista da Concelhia de Viseu marcou presença através de 13 delegados eleitos. No entanto, para além da nossa presença, quisemos ainda apresentar uma Moção Sectorial, da qual fui o 1º subscritor, intitulada de “Política dos 3 E’s – Emprego, Empreendedorismo e Emancipação”. Esta Moção foi sufragada por todos os delegados eleitos pelas várias concelhias, e foi aprovada por unanimidade.

A apresentação da Moção surgiu da ideia de estabelecer na JS, uma acção política direccionada para o que decidimos chamar de “Política dos 3 E’s – Emprego, Empreendedorismo e Emancipação”. De facto, se queremos que a JS seja o think tank da esquerda moderna portuguesa, temos de continuar a lutar pela autonomia dos jovens e pela sua plena realização pessoal e social.

É neste sentido que consideramos que o processo de autonomização ou emancipação dos jovens depende fortemente de factores como o Emprego e o Empreendedorismo.
Encaramos estes factores como elementos básicos de auto-sustentação e realização pessoal, pelo que os jovens em fase de transição para a vida adulta desejam vê-los, cada vez mais, como garantidos.

A criação de emprego jovem, a demonstração de formas mais eficazes de o procurar, a ajuda no sentido de facilitar o contacto com entidades empregadoras, o incentivo ao Empreendedorismo, a aposta na formação profissional, e a preparação/formação dos jovens no sentido de evitarem condições precárias, constituem 6 pilares que a JS deve assumir na sua acção.

Em relação aos 3 primeiros pilares, consideramos que a JS deve organizar iniciativas como Feiras de Emprego ou Semanas de Emprego, Workshops de Técnicas de Procura de Emprego (elaboração do curriculum vitae, carta de apresentação, preparação de entrevista com empregadores), divulgação de Sessões de Recrutamento efectuadas nomeadamente em Instituições de Ensino Superior, divulgação de sites importantes e facilitadores do conhecimento da oferta de emprego existente. Para além disto, pensamos que a coligação da nossa marca “JS” a eventos realizados no distrito, que promovam os pilares referidos, também pode constituir uma forma eficaz de agir, na medida em que acaba por divulgar positivamente a nossa organização.
Para tudo isto, defendemos que a JS deve começar a marcar a sua agenda com a mesma intensidade, tanto na sociedade real, como na sociedade digital. Neste sentido, urge a criação de um site oficial da JS Distrital que, entre aspectos essenciais como a divulgação das nossas opiniões sobre as mais diversas matérias, deve incorporar a divulgação de iniciativas ligadas ao Emprego.

Quanto aos 2 pilares seguintes, temos a dizer que o Empreendedorismo e a Formação Profissional devem ser encarados por nós, como cruciais no combate ao desemprego jovem. Neste âmbito, a acção da nossa juventude partidária deverá pautar-se pela organização de acções de formação que promovam o Empreendedorismo ou, tal como nos outros pilares, informar os jovens da existência das mesmas e, por exemplo, da existência de Concursos de Ideias de Negócio. Mais uma vez, surge aqui a importância da comunicação e informação, cujo tipo deve estar bem definido, tendo sempre em conta a necessidade de diferenciar os estudantes do ensino secundário, dos do ensino superior, e também dos que se encontram no início da vida activa. O mesmo é dizer: classes etárias diferentes, tipo de comunicação e informação diferente! É necessário passar a mensagem aos jovens de que, apesar de existirem muitos diplomados desempregados, é consensual que quanto mais formação tivermos, mais fácil será a inserção no mercado de trabalho, e portanto, mais portas se abrirão.

O último pilar diz respeito à possibilidade de os jovens serem confrontados com condições de trabalho precárias. Defendemos que, também aqui, surge um espaço de intervenção da JS, com o intuito de prevenir tais casos, através da formação dos jovens a nível jurídico, ao nível do Direito do Trabalho. Mais uma vez, a opção por acções de formação e divulgação de informação útil parece-nos essencial.

Finalmente, achamos importante assumir que a função de organização de eventos e divulgação dos mesmos nem sempre é fácil, devido a vários factores. Por isso, devemos ter também a função de exigir às Câmaras Municipais, actuações no sentido de aprofundar os 6 pilares referidos, através de Programas de Estágios, Incubadoras de Empresas, Feiras de Emprego, Portais de Emprego Online, Gabinetes de Apoio ao Empreendedorismo e à Actividade Económica.

Temos a noção que é possível o surgimento de problemas ligados à perfeita e completa execução de todas as propostas referidas. No entanto, consideramos que vale a pena que estes objectivos sejam estabelecidos, devendo orientar a nossa acção. Tudo isto, com o objectivo de proporcionar uma melhor integração no mercado de trabalho, sempre cumprindo e defendendo os valores da esquerda democrática: mais solidariedade, mais justiça, mais igualdade de oportunidades.

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