Ressaltou deste congresso, a presença de todos os ex-líderes do partido, do seu passado recente, dentre os quais se evidenciou Marcelo Rebelo de Sousa, ausente por 11 anos deste tipo de eventos. Foi recorrente nos discursos a necessidade de blindar o partido e o apelo à sua unidade, bem como, a atribuição da responsabilidade política do estado do país ao governo socialista e ao primeiro-ministro. Esta reunião magna ficou marcada pela singularidade, da presença dos quatro candidatos à liderança do partido, num momento em que se exige uma liderança forte e assertiva no maior partido da oposição.
Foi visível que a maioria dos congressistas estavam com PPC, fruto dos dois anos que este dedicou ao contacto com os militantes, correndo o país de norte a sul e mobilizando as distritais para a sua causa. De PPC, era expectável que jogasse à defesa tal como veio a fazer, e recaíam em Paulo Rangel as maiores expectativas deste congresso, de quem se esperava um golpe de asa que revertesse o estado de coisas. Apesar de ter sido de PR o melhor discurso dos quatro candidatos, este não foi suficiente- aparentemente- para ameaçar a posição de PPC.
Será decisivo, qualquer que seja o próximo presidente do PSD, que o partido se deixe de divisões- o que não significa o unanimismo do PS- e que exerça com convicção e responsabilidade o cargo para que foi eleito na Assembleia da República. Que saibamos ser uma força de equilíbrio, promovendo entendimentos quando necessários, e movendo oposição quando indispensável.
Exige-se um PSD forte, mobilizado e assertivo, com um programa credível e ambicioso. Exige-se que o PSD saiba conquistar o poder e não aguarde que este caia de podre nas suas mãos. Exige-se organização e planeamento porque em 2011, após a "reeleição" do Presidente da República, teremos, com grande probabilidade eleições antecipadas.
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