No próximo dia 26 de Março, os militantes social-democratas, serão chamados a exercer o seu direito de voto para eleger o próximo líder da comissão política nacional do partido social-democrata.
Certos que, nos últimos 15 anos, 13 tiveram a marca socialista aos comandos de Portugal, e que os resultados obtidos, foram tudo menos animadores, é com alguma certeza que podemos afirmar que o vencedor das próximas eleições directas para a liderança do PSD, será com grande probabilidade o próximo Primeiro-Ministro de Portugal.
No entanto, e apesar de sentir os "ventos da mudança", recordo aqui o engenheiro António Guterres que, ainda como líder da oposição e após quase uma década de domínio de Cavaco Silva disse que " não são os partidos da oposição que vencem eleições, é sim o partido do Governo que as perde". E à semelhança do que dizia, entendia que a melhor forma de conquistar o poder, era nada fazer e esperar que o Governo caísse por si só. Este entendimento fazia todo o sentido à 15 anos atrás como tem toda a pertinência nos dias de hoje.
Se levarmos a cabo uma análise do que foi o comportamento do PSD ao longo destes anos em que se manteve na oposição, facilmente percebemos que foram vários os momentos menos positivos protagonizados pelas suas lideranças. De facto, não é por mero acaso, que desde há muito se apelidou o PSD, como um partido de poder, de cariz eminentemente governativo, que apenas se esforça por sobreviver na oposição.
As virtudes do PSD, que o tornaram no partido mais popular da democracia portuguesa, são também as suas principais fraquezas. A pluralidade e a qualidade dos seus quadros permitem-lhe ter a "matéria-prima" mais bem habilitada a conduzir os destinos do país. No entanto, quando em oposição, essa pluralidade transforma-se em sectarismo, num partido dividido em facções que encara a luta partidária como uma luta fratricida. Neste aspecto se distingue o partido socialista, na sua génese e no seu desenvolvimento, um partido que vive de líderes e de referências, um partido corporativista e unanimista, que não é tão rico e tão versátil, mas que em horas de "aperto", cerra fileiras em torno dos seus dirigentes, custe o que custar. É neste sentido um partido mais solidário e mais unido, que lhe tem permitido conservar o poder nos últimos anos.
É tempo, no entanto, de "lamber as feridas" e de arrepiar caminho, porque assim as responsabilidades o exigem . O País necessita, para além de um Governo forte e coeso, de uma oposição credível, preparada a todo o momento para enfrentar eleições e ser alternativa séria ao poder instalado.
É neste contexto que surgem no horizonte as próximas eleições para a liderança do PSD, que se afiguram como as mais importantes dos últimos anos. Porque tal como o País necessita do PSD, também o PSD necessita do poder, para se afirmar, uma vez mais, como a referência do crescimento económico, do desenvolvimento e da afirmação de uma nação independente e determinada a construir um destino diferente do "triste fado" a que nos querem acometer.
Tenho a convicção de que, independentemente de quem saia vitorioso das eleições de 26 de Março, presidirá aos destinos do PSD um conjunto de pessoas que tem por objectivo primeiro reverter a situação actual e renovar os votos de esperança de todos os portugueses num futuro melhor!
Certos que, nos últimos 15 anos, 13 tiveram a marca socialista aos comandos de Portugal, e que os resultados obtidos, foram tudo menos animadores, é com alguma certeza que podemos afirmar que o vencedor das próximas eleições directas para a liderança do PSD, será com grande probabilidade o próximo Primeiro-Ministro de Portugal.
No entanto, e apesar de sentir os "ventos da mudança", recordo aqui o engenheiro António Guterres que, ainda como líder da oposição e após quase uma década de domínio de Cavaco Silva disse que " não são os partidos da oposição que vencem eleições, é sim o partido do Governo que as perde". E à semelhança do que dizia, entendia que a melhor forma de conquistar o poder, era nada fazer e esperar que o Governo caísse por si só. Este entendimento fazia todo o sentido à 15 anos atrás como tem toda a pertinência nos dias de hoje.
Se levarmos a cabo uma análise do que foi o comportamento do PSD ao longo destes anos em que se manteve na oposição, facilmente percebemos que foram vários os momentos menos positivos protagonizados pelas suas lideranças. De facto, não é por mero acaso, que desde há muito se apelidou o PSD, como um partido de poder, de cariz eminentemente governativo, que apenas se esforça por sobreviver na oposição.
As virtudes do PSD, que o tornaram no partido mais popular da democracia portuguesa, são também as suas principais fraquezas. A pluralidade e a qualidade dos seus quadros permitem-lhe ter a "matéria-prima" mais bem habilitada a conduzir os destinos do país. No entanto, quando em oposição, essa pluralidade transforma-se em sectarismo, num partido dividido em facções que encara a luta partidária como uma luta fratricida. Neste aspecto se distingue o partido socialista, na sua génese e no seu desenvolvimento, um partido que vive de líderes e de referências, um partido corporativista e unanimista, que não é tão rico e tão versátil, mas que em horas de "aperto", cerra fileiras em torno dos seus dirigentes, custe o que custar. É neste sentido um partido mais solidário e mais unido, que lhe tem permitido conservar o poder nos últimos anos.
É tempo, no entanto, de "lamber as feridas" e de arrepiar caminho, porque assim as responsabilidades o exigem . O País necessita, para além de um Governo forte e coeso, de uma oposição credível, preparada a todo o momento para enfrentar eleições e ser alternativa séria ao poder instalado.
É neste contexto que surgem no horizonte as próximas eleições para a liderança do PSD, que se afiguram como as mais importantes dos últimos anos. Porque tal como o País necessita do PSD, também o PSD necessita do poder, para se afirmar, uma vez mais, como a referência do crescimento económico, do desenvolvimento e da afirmação de uma nação independente e determinada a construir um destino diferente do "triste fado" a que nos querem acometer.
Tenho a convicção de que, independentemente de quem saia vitorioso das eleições de 26 de Março, presidirá aos destinos do PSD um conjunto de pessoas que tem por objectivo primeiro reverter a situação actual e renovar os votos de esperança de todos os portugueses num futuro melhor!
2 comentários:
Caro João Paulo, perdoar-me-ás a observação que farei ao teu artigo, mas penso que ele é o reflexo do que têm sido os últimos 6 anos do PSD.
Ainda que bem escrito e bem estruturado, não dedicas uma palavra aos candidatos ou aos seus programas. Provavelmente porque não conheces - nem tu, nem ninguém - as suas ideias (com excepção das de Passos Coelho, que, quer se goste, quer não se goste, foi o único que, até ver, teve o bom senso e a seriedade de dizer ao que vinha).
E tem sido esse o problema do PSD: está-se mais interessado em discutir politiquices, em vez de se discutir políticas, por se achar que, mais cedo ou mais tarde, o Governo acabará por perder, ele próprio, as eleições; além de as últimas legislativas terem comprovado que essa tese está errada, o país precisa (e exige) que o maior partido da oposição seja mais actuante e que apresente propostas concretas - sobretudo em tempos difíceis como os actuais -, em vez de se limitar ao bota-abaixismo e a esperar que o tempo se encarregue de fazer o Governo cair de podre.
Faço por isso votos de que esta campanha interna seja rica em propostas que interessem a todos os portugueses, embora, sinceramente, não ponha grande fé nisso.
Gonçalo, não escrevi nada sobre as opções políticas de cada um dos candidatos porque espero tratar esse assunto mais adiante. De resto a campanha ainda está no início e, à semelhança dos portugueses também quero aproveitar para ver algumas matérias esclarecidas. um abraço
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