segunda-feira, 8 de junho de 2009

"Não era sobre Portugal, mas hoje todos vão falar na derrota do PS"







António Costa Pinto, no jornal "i":

O regresso da instabilidade governamental?

E pronto, não era sobre Portugal, mas hoje todos vão falar na derrota do PS. Ainda por cima com estudos de opinião sobre as próximas legislativas. Manda a verdade que separemos as duas eleições, até pela diferença na taxa de participação, mas a verdade é que a fragmentação partidária aumentou, quer à direita, quer, sobretudo, à esquerda do Partido Socialista, com 20% a manifestarem-se com algum ruído. Não é previsível que o engenheiro Sócrates consiga recuperar uma boa parte, e bem precisa deles em Setembro, mesmo que parte dos que ficaram em casa ontem votem nele em Setembro.

O discurso da governabilidade vai voltar ao cenário politico-eleitoral português. Já sabíamos que a democracia portuguesa não foi feita para dar bónus maioritários aos partidos, mas esta maioria absoluta do PS fez esquecer o próprio e alguns segmentos do eleitorado que a proeza não é fácil, sobretudo à esquerda, com maiores dificuldade de acordos ou coligações. No PSD a actual direcção vai ficar “congelada” até Outubro, mas bem precisa da oposição para a mobilização que se avizinha. Será que a crise e os seus efeitos na sequência eleitoral, entre protesto e alguma polarização, vai provocar o regresso aos governos minoritários?

A vantagem do PS é que só pode subir nas próximas eleições, mas por este aviso poucos esperavam. As surpresas ainda existem.

1 comentário:

João Simões disse...

Ai essa ressaca de noite eleitoral zé...