O primeiro-ministro português, José Sócrates, defendeu em Bruxelas que os bancos europeus devem ser proibidos de trabalhar com paraísos fiscais, mesmo que uma decisão idêntica não seja tomada a nível mundial pelo G-20.
"Faz sentido, se não houver consenso ao nível do Mundo, que a Europa decida ela própria que os seus bancos não devem trabalhar com paraísos fiscais", afirmou Sócrates no final da Cimeira da Primavera da União Europeia.
Para o chefe do Governo português "este é o momento" para se tomarem decisões nesse sentido "sem ter a mínima hesitação nesta matéria".
Os líderes europeus prepararam durante dois dias em Bruxelas a posição comum que vão tomar na reunião do G-20 - o grupo das maiores economias desenvolvidas e em desenvolvimento - que se realizará a 2 de Abril em Londres.
Segundo José Sócrates é preciso tomar medidas concretas que possibilitem uma maior regulação, supervisão e transparência dos mercados financeiros, acusados de serem os responsáveis pela crise actual.
Apontando que "o que se vai discutir agora em Londres é basicamente a constituição de uma nova ordem económica e financeira internacional capaz de reparar aquelas que foram as razões que levaram à actual crise", Sócrates defendeu que a UE tem de assegurar "que essa cimeira vai ser uma cimeira que toma decisões", e não mais uma de "retórica".
Fonte: http://www.publico.clix.pt/
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