O grupo de países europeus do G20, reunidos hoje na Alemanha na cidade de Berlim onde preparam a cimeira de Londres de 2 de Abril, chegaram a um consenso sobre a necessidade de "nenhum mercado financeiro, nenhum produto financeiro, nenhum actor dos mercados poder agir sem regulação ou fiscalização".
Estas informações foram prestadas por fontes do governo alemão que adiantaram ainda que “o pedido de uma regulação directa dos hedge funds também não foi posta em causa por nenhum dos participantes".
Normalmente os fundos especulativos são acusados de ter, pela sua volatilidade e opacidade, contribuído para a crise financeira internacional que se vive, embora os britânicos se tenham até agora mostrado reticentes quanto a uma regulação mais eficaz destes fundos.
A iniciativa da reunião de hoje partiu da chanceler Angela Merkel que convidou os seus homólogos e os ministros das Finanças europeus do G20, Reino Unido, Itália, França, a que se juntaram ainda a Espanha e a Holanda, para definirem antes da próxima reunião do G20, a 2 de Abril, uma linha comum sobre a reforma financeira internacional.
Ainda segundo as mesmas fontes foi possível no final da reunião de hoje em Berlim conseguir “progressos claros e importantes no acertar de uma posição comum dos participantes europeus na cimeira de Londres".
No final do encontro foi igualmente anunciado que “os ministros das Finanças reunidos hoje para preparar a reunião do G20 não publicarão um texto comum no final do encontro” renunciado a fazê-lo “sobretudo para deixar aos países da União Europeia ausentes a possibilidade de se juntarem a uma posição comum para a cimeira financeira de Londres".
Fundo Monetário com mais fundos
Os países europeus do G20 reunidos hoje em Berlim também "chegaram a acordo para apoiar uma duplicação dos recursos do Fundo Monetário Internacional para lhe permitir ajudar os seus membros depressa e de forma flexível". No entanto, esta promessa já foi classificada como uma simples declaração de intenções, porque falta saber como é que os países europeus vão contribuir para "reforçar os recursos" do fundo.
A instituição financeira internacional tem sublinhado nas últimas semanas que os seus recursos actuais para empréstimos aos países em dificuldades correm risco de esgotar se a crise económica internacional durar muito tempo. O Japão, entretanto, anunciou a intenção de emprestar até 100 mil milhões de dólares à instituição financeira mundial.
in www.rtp.pt
Sem comentários:
Enviar um comentário