Nas últimas eleições presidenciais, apoiei a candidatura de Mário Soares. Pela primeira vez, apoiei esta minha “referência política”. Esta personalidade cujo percurso tanto admiro. Nunca o pude fazer antes. Tendo em conta a minha idade, só me lembro vagamente da campanha de Jorge Sampaio.
Assim, foi com muito orgulho que fiz parte dessa campanha que tinha como objectivo a eleição de Mário Soares para a Presidência da República pela terceira vez. Foi uma campanha de proximidade, de afectos e com uma “juventude” de Soares que fez inveja a muitos que realmente o são.
Nessa altura, os opositores insistiram no argumento da idade do candidato, o qual penso que acabou por resultar de certa forma, apesar de até agora, Mário Soares ter mostrado a sua inabalável lucidez e a sua contínua intervenção e preocupação em relação aos problemas do país.
Os resultados eleitorais não foram os esperados, mas não me arrependo do apoio que dei. De facto, o balanço que se pode fazer é que a candidatura não tinha muito a ganhar. Soares não precisava de mérito, prestígio, fama ou honra. No entanto, não quis virar as costas, nem resignar-se. Optou pelo mais difícil. A inquietude. O inconformismo. Deu o exemplo. Com energia, frontalidade e muita coragem. Esta é a imagem que guardo. Estes são os valores que reconheci. Como Soares disse: “Só é derrotado, quem desiste de lutar”. E ele não desistiu. Arriscou. E fez acreditar.
Para além de vários argumentos das campanhas adversárias (bem me lembro dos que diziam que Soares devia “calçar as pantufas porque já está velho”), o que impossibilitou um resultado mais positivo desta candidatura foi, sem dúvida, a candidatura de Manuel Alegre. Uma candidatura sem apoios partidários, mas com uma grande mobilização e intervenção dos seus membros. "Não serei candidato em nome de nenhum partido. Serei candidato por Portugal” era uma das muitas frases que mostrava a força do movimento de cidadãos de vários quadrantes que se foi desenvolvendo em redor de Manuel Alegre. Com o slogan principal “Portugal de todos – Livre, Justo, Fraterno”, obteve o segundo lugar nas votações. A esquerda era assim derrotada. A esquerda era assim dividida. Sei que não era o seu objectivo, porque conheço as suas convicções. Manuel Alegre acreditava realmente que poderia vencer as eleições, e mostrou que tinha razões para isso, através de uma inquietação cívica, de um chamamento à cidadania.
Após os resultados eleitorais, ficou imediatamente no ar a ideia de que aquele movimento não poderia acabar ali. Tinha de seguir o seu caminho. Um caminho com ética republicana respeitadora da liberdade, solidariedade, justiça, fraternidade. E esse caminho continua agora com os mesmos valores, embora terem surgido apoios partidários.
Acredito realmente que Manuel Alegre se candidata novamente por decisão pessoal, isto é, livremente, mas que agora recebe o apoio de partidos. Os vários partidos manterão as suas convicções, os seus objectivos, apesar de terem encontrado uma certa convergência e complementaridade no apoio a esta candidatura. Este vai ser um dos alvos das críticas das campanhas adversárias, mas não será difícil provar que a candidatura é “supra-partidária”, apesar de “não ser neutra”, como diz Alegre. Os valores da esquerda progressista estão na base desta candidatura. Uma candidatura que apoio e que me motiva por exemplo, pela aposta na juventude e no seu futuro, em termos de emprego, direitos, realização, bem-estar. No fundo, há uma aposta na ousadia da juventude em busca da sua afirmação e do seu papel e/ou lugar no país.
Para as eleições presidenciais de 2011, decidi então apoiar a candidatura de Manuel Alegre. Pela pessoa, pelo que defende, pelo que propõe. Tomei esta decisão muito antes da formalização do apoio do Partido Socialista, tal como muitos outros militantes o fizeram.
Manuel Alegre deve ser o cidadão deste país que diz a palavra “Pátria” de forma mais verdadeira e sincera, com uma sonoridade especial, com um sentimento de pertença a uma identidade colectiva, que a faz ser mais do que uma simples palavra. E é também de uma defesa da nossa cultura que precisamos neste momento. De alguém que seja capaz de contribuir para a confiança e para a unidade nacional, e não para um clima de suspeição ligado aos cargos públicos. De alguém que promova a nossa identidade, num momento com oportunidades resultantes da integração num mundo globalizado. De alguém que não tem uma visão presidencialista, que considera os poderes do Presidente da República adequados, e que encara o mesmo como “provedor da democracia”.
Manuel Alegre merece o nosso voto. Um voto que não é contra ninguém, mas um voto por nós, por Portugal. Portanto, um voto com conteúdo político repleto de convicção.
Prevejo uma campanha difícil, mas empenhada e fraterna.
Prevejo sinceramente a luta de um movimento de esquerda pela esperança e confiança em Portugal.
Um movimento da sociedade, dos cidadãos, das pessoas.
Contem comigo para uma campanha de pessoas, para as pessoas e pelas pessoas.
Assim, foi com muito orgulho que fiz parte dessa campanha que tinha como objectivo a eleição de Mário Soares para a Presidência da República pela terceira vez. Foi uma campanha de proximidade, de afectos e com uma “juventude” de Soares que fez inveja a muitos que realmente o são.
Nessa altura, os opositores insistiram no argumento da idade do candidato, o qual penso que acabou por resultar de certa forma, apesar de até agora, Mário Soares ter mostrado a sua inabalável lucidez e a sua contínua intervenção e preocupação em relação aos problemas do país.
Os resultados eleitorais não foram os esperados, mas não me arrependo do apoio que dei. De facto, o balanço que se pode fazer é que a candidatura não tinha muito a ganhar. Soares não precisava de mérito, prestígio, fama ou honra. No entanto, não quis virar as costas, nem resignar-se. Optou pelo mais difícil. A inquietude. O inconformismo. Deu o exemplo. Com energia, frontalidade e muita coragem. Esta é a imagem que guardo. Estes são os valores que reconheci. Como Soares disse: “Só é derrotado, quem desiste de lutar”. E ele não desistiu. Arriscou. E fez acreditar.
Para além de vários argumentos das campanhas adversárias (bem me lembro dos que diziam que Soares devia “calçar as pantufas porque já está velho”), o que impossibilitou um resultado mais positivo desta candidatura foi, sem dúvida, a candidatura de Manuel Alegre. Uma candidatura sem apoios partidários, mas com uma grande mobilização e intervenção dos seus membros. "Não serei candidato em nome de nenhum partido. Serei candidato por Portugal” era uma das muitas frases que mostrava a força do movimento de cidadãos de vários quadrantes que se foi desenvolvendo em redor de Manuel Alegre. Com o slogan principal “Portugal de todos – Livre, Justo, Fraterno”, obteve o segundo lugar nas votações. A esquerda era assim derrotada. A esquerda era assim dividida. Sei que não era o seu objectivo, porque conheço as suas convicções. Manuel Alegre acreditava realmente que poderia vencer as eleições, e mostrou que tinha razões para isso, através de uma inquietação cívica, de um chamamento à cidadania.
Após os resultados eleitorais, ficou imediatamente no ar a ideia de que aquele movimento não poderia acabar ali. Tinha de seguir o seu caminho. Um caminho com ética republicana respeitadora da liberdade, solidariedade, justiça, fraternidade. E esse caminho continua agora com os mesmos valores, embora terem surgido apoios partidários.
Acredito realmente que Manuel Alegre se candidata novamente por decisão pessoal, isto é, livremente, mas que agora recebe o apoio de partidos. Os vários partidos manterão as suas convicções, os seus objectivos, apesar de terem encontrado uma certa convergência e complementaridade no apoio a esta candidatura. Este vai ser um dos alvos das críticas das campanhas adversárias, mas não será difícil provar que a candidatura é “supra-partidária”, apesar de “não ser neutra”, como diz Alegre. Os valores da esquerda progressista estão na base desta candidatura. Uma candidatura que apoio e que me motiva por exemplo, pela aposta na juventude e no seu futuro, em termos de emprego, direitos, realização, bem-estar. No fundo, há uma aposta na ousadia da juventude em busca da sua afirmação e do seu papel e/ou lugar no país.
Para as eleições presidenciais de 2011, decidi então apoiar a candidatura de Manuel Alegre. Pela pessoa, pelo que defende, pelo que propõe. Tomei esta decisão muito antes da formalização do apoio do Partido Socialista, tal como muitos outros militantes o fizeram.
Manuel Alegre deve ser o cidadão deste país que diz a palavra “Pátria” de forma mais verdadeira e sincera, com uma sonoridade especial, com um sentimento de pertença a uma identidade colectiva, que a faz ser mais do que uma simples palavra. E é também de uma defesa da nossa cultura que precisamos neste momento. De alguém que seja capaz de contribuir para a confiança e para a unidade nacional, e não para um clima de suspeição ligado aos cargos públicos. De alguém que promova a nossa identidade, num momento com oportunidades resultantes da integração num mundo globalizado. De alguém que não tem uma visão presidencialista, que considera os poderes do Presidente da República adequados, e que encara o mesmo como “provedor da democracia”.
Manuel Alegre merece o nosso voto. Um voto que não é contra ninguém, mas um voto por nós, por Portugal. Portanto, um voto com conteúdo político repleto de convicção.
Prevejo uma campanha difícil, mas empenhada e fraterna.
Prevejo sinceramente a luta de um movimento de esquerda pela esperança e confiança em Portugal.
Um movimento da sociedade, dos cidadãos, das pessoas.
Contem comigo para uma campanha de pessoas, para as pessoas e pelas pessoas.
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