Foi apresentada a composição do novo governo escolhido pelo Primeiro-Ministro. As suas opções traduziram-se na manutenção do núcleo duro político, que o acompanhou na legislatura anterior, em que sobressai a manutenção no governo- apesar de mudança obrigatória de pasta-, de Augusto Santos Silva, tão criticado no passado, agora enquanto ministro da defesa, demonstrando que não abdica dos seus conselheiros mais próximos, mesmo quando os mesmos denotam algum desgaste na opinião pública.
Regista-se também o facto de Sócrates ter escolhido 5 mulheres para integrar o governo, de resto um dado saudável e tendente à efectiva paridade entre os sexos, exemplo retirado de Zapatero em Espanha, que então foi um pouco mais longe e dividiu o seu governo por homens e mulheres em igual número.
Outro dado, é o facto de o governo ser composto por vários independentes que pode ter uma de duas leituras: é o significado de uma efectiva abertura à sociedade civil por parte da classe política ou, por outro lado, é o sinal claro de que, neste momento, os partidos políticos não possuem quadros com capacidade técnica e política para encabeçarem um ministério.
Sem grandes trunfos e sem grandes surpresas, ressalta a curiosidade de entre os ministros haver uma sindicalista e uma pianista. A ver vamos, que música toca este governo.
No entanto, pela armação e composição deste governo, não é possível destrinçar qual o objectivo de José Sócrates, se continuar a táctica de vitimização, indicador de ineficácia, e governar com vista uma queda de governo, daqui a dois anos, logo que o próximo presidente da república possa dissolver a Assembleia; se, ao projectar este governo, encarou, de forma séria, a possibilidade de mobilizar para a Assembleia da República todos os seus esforços, para que se consigam acordos pontuais sobre as mais variadas matérias. Exige-se um esforço de cooperação, seriedade e altruísmo a todas as forças políticas, para que, sem olvidar as convicções e especificidades de cada um, se possa, de facto, alcançar acordos alargados, logo, politicas mais eficazes e abrangentes. E, neste caso, à semelhança do governo, a oposição também terá grandes responsabilidades, portanto terá de ser construtiva e aberta a propostas.
Uma palavra final para o PSD, e a sua liderança. Ontem houve conselho nacional e o expectável aconteceu. Manuela Ferreira Leite, entendeu continuar a liderar o partido durante o debate do Orçamento de Estado para o próximo ano e , após esse período, pediria a demissão e convocaria eleições directas, não clarificando se seria recandidata.
Perfilam-se candidatos, surgem hipóteses, mobilizam-se apoios, muito debate e controvérsia. Aguardemos que o debate se situe no plano das ideias, e se situe numa reflexão interna, ponderada, sobre o que o país precisa que o PSD seja e que atitude e rumo se deve trilhar, para já enquanto oposição dialogante, estável e responsável, mas com uma clara ambição de governar o país, a seu tempo.
Para já, os portugueses estão fartos de eleições e de política; O gato fedorento- esmiúça os sufrágios acabou e, até novos episódios, o país está em suspenso, na expectativa do que isto vai dar.
Regista-se também o facto de Sócrates ter escolhido 5 mulheres para integrar o governo, de resto um dado saudável e tendente à efectiva paridade entre os sexos, exemplo retirado de Zapatero em Espanha, que então foi um pouco mais longe e dividiu o seu governo por homens e mulheres em igual número.
Outro dado, é o facto de o governo ser composto por vários independentes que pode ter uma de duas leituras: é o significado de uma efectiva abertura à sociedade civil por parte da classe política ou, por outro lado, é o sinal claro de que, neste momento, os partidos políticos não possuem quadros com capacidade técnica e política para encabeçarem um ministério.
Sem grandes trunfos e sem grandes surpresas, ressalta a curiosidade de entre os ministros haver uma sindicalista e uma pianista. A ver vamos, que música toca este governo.
No entanto, pela armação e composição deste governo, não é possível destrinçar qual o objectivo de José Sócrates, se continuar a táctica de vitimização, indicador de ineficácia, e governar com vista uma queda de governo, daqui a dois anos, logo que o próximo presidente da república possa dissolver a Assembleia; se, ao projectar este governo, encarou, de forma séria, a possibilidade de mobilizar para a Assembleia da República todos os seus esforços, para que se consigam acordos pontuais sobre as mais variadas matérias. Exige-se um esforço de cooperação, seriedade e altruísmo a todas as forças políticas, para que, sem olvidar as convicções e especificidades de cada um, se possa, de facto, alcançar acordos alargados, logo, politicas mais eficazes e abrangentes. E, neste caso, à semelhança do governo, a oposição também terá grandes responsabilidades, portanto terá de ser construtiva e aberta a propostas.
Uma palavra final para o PSD, e a sua liderança. Ontem houve conselho nacional e o expectável aconteceu. Manuela Ferreira Leite, entendeu continuar a liderar o partido durante o debate do Orçamento de Estado para o próximo ano e , após esse período, pediria a demissão e convocaria eleições directas, não clarificando se seria recandidata.
Perfilam-se candidatos, surgem hipóteses, mobilizam-se apoios, muito debate e controvérsia. Aguardemos que o debate se situe no plano das ideias, e se situe numa reflexão interna, ponderada, sobre o que o país precisa que o PSD seja e que atitude e rumo se deve trilhar, para já enquanto oposição dialogante, estável e responsável, mas com uma clara ambição de governar o país, a seu tempo.
Para já, os portugueses estão fartos de eleições e de política; O gato fedorento- esmiúça os sufrágios acabou e, até novos episódios, o país está em suspenso, na expectativa do que isto vai dar.
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