terça-feira, 20 de julho de 2010

Depois do Congresso, o mandato que agora começa




O XVII Congresso Nacional da JS, onde estivemos presentes, terminou com a aprovação da Moção Global de Estratégia apresentada por Pedro Delgado Alves e intitulada de “Transformar à Esquerda”.

Sendo por excelência o momento alto da nossa juventude partidária, o debate e a reflexão foram constantes.

A passagem de testemunho na liderança da JS está feita, e as expectativas para o mandato de 2 anos são as melhores.

Seremos:

- uma esquerda que transforma (transformar à esquerda, defendendo, reforçando e aprofundando o modelo democrático e social da República Portuguesa e reafirmando o seu compromisso ideológico com os valores do socialismo democrático);

- uma esquerda ao serviço da República (revelando dedicação à mais nobre e republicana das actividades, o serviço à causa pública, assegurando que não haverá espaço dentro da organização para quem procura satisfazer os seus próprios interesses individuais, ao invés de se dedicar à prossecução dos fins colectivos de transformação da sociedade, de defesa da democracia e dos direitos fundamentais de todos e todas e de serviço à causa da República);

- uma esquerda ao serviço da Europa (mobilização interventiva no âmbito europeu e internacional, assegurando que a reconstrução económica não vai assentar nos mesmos erros e omissões e nas mesmas crenças inabaláveis nas virtudes do mercado desregulado que nos conduziram ao momento presente de crise financeira e económica, sendo por isso crucial exigir mais e melhor intervenção pública nestes níveis de governação);

- uma esquerda em defesa do Estado Social (defesa de valores que caracterizam a nossa visão de sociedade, não podendo a crise servir para alguns procurarem desmontar as conquistas de outros tempos, liberalizando o papel do Estado e recuando na protecção social);

- uma esquerda com um rumo (centralidade das políticas de emancipação jovem com particular destaque para as políticas de emprego; aposta nas qualificações; políticas ambientais com aposta nas energias renováveis, reafirmando o nosso compromisso com a sua diversificação e com a dinamização da eficiência energética, e recusando com clareza a opção nuclear; combate às discriminações e pelo aprofundamento da protecção dos direitos e liberdades fundamentais; empenho na discussão em torno da reforma da República, com reforço da participação cívica das populações e do seu envolvimento na gestão da coisa pública e introdução de reformas institucionais relevantes, geradoras de racionalidade e potenciando a aproximação às populações; reafirmar e aprofundar a nossa visão quanto à necessidade de reformar a governação económica à escala europeia).

A JS não é a organização das causas fracturantes, como a comunicação social gosta de classificar. Há muito para além disso. O nosso espaço de intervenção é muito maior.
Aquelas causas que nos fazem lutar ligadas às discriminações em termos de direitos e liberdades fundamentais são as únicas às quais a comunicação social dá atenção.
Para nós, essas causas são estruturantes.
A causa fracturante que nos mobiliza é o desemprego.
Isso sim é fracturante.

Portanto, todos os temas são abordados por nós com a mesma intensidade, apesar de existirem conceitos como a "desigualdade" que significam muito para nós.
Como diz Duarte Cordeiro, líder cessante da JS, "em todo o lado, onde houver uma desigualdade, deve estar um Jovem Socialista".

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